PAIXÃO;
Águas profundas, ondas indomáveis;
Vento impetuoso, fogo avassalador.
Desejo incontrolável, loucura; Obsessão.
Música de uma nota só: que dá “DÓ”.
Melodia que agita a alma, as vezes acalma, acelera o coração.
Pensamento que vai e vem a todo instante.
Sentimento que dita as regras, escraviza.
Monopoliza, e nos faz refém.
Colírio medicinal que faz bem, faz mal,
Que cega e faz enxergar.
Como um trem, desgovernado vem.
Avançando, avançando, quem consegue parar?
Bate forte, explode o coração, é muita emoção
É amor é paixão, como explicar?
É meio irracional, mexe com o emocional.
Transforma o jeito de ser.
O bruto fica dócil, o mal educado gentil,
O mesquinho gastador.
O mal-humorado sorridente.
Fica fraco o valente, o sensato enlouquece
O velho ganha vigor.
O jovem fica encantado, alguns meio acanhados, outros alvoroçados, quando desperta o amor.
Quem foi ou é jovem que diga,
Por aquele garoto ou aquela menina,
Quem nunca se apaixonou?
Escrito por: Rogério Santos.
05.12.2015
05.12.2015
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Rogério Santos, entre 40 e 50 anos, mas num sou velho não, viu?! Representante comercial, radialista, escritor quando dá certo e pai da dona desse blog! Já fui poeta um tempo, mas o tempo agora é outro que me falta. Ah, tempo danado!
2 comentários
Esse poema trouxe ao mesmo tempo um ar delicado, muito gostoso de se ler, e aquele aquiescer em concordância tanto por se encontrar em algumas mudanças causadas por se apaixonar quanto por observá-las nas pessoas ao seu redor. Bem perspicaz e observador Sr. Rogério!
ResponderExcluirMuito lisonjeado (e porque não, envergonhado) com o seu comentário.
ExcluirObrigado pela análise, bem pontuada e precisa. Eu já tinha comentado com a Thiarlley antes que você tem um senso crítico literário excelente!