Autor: Wladyslaw Szpilman
Tradução: Tomasz Barcinski
Páginas: 222 páginas
Editora: BestBolso
A incrível história do jovem e talentoso pianista Wladyslaw Szpilman - ele mesmo autor do livro e judeu sobrevivente do Gueto de Varsóvia - é narrada nesta obra que inspirou Roman Polanski a adaptá-la para o cinema. O Pianista é uma raridade, pois foi escrito de forma vivida e realista, imediatamente após a experiência de Szpilman durante a Segunda Guerra. Em 1939, no exato momento em que as bombas começaram a cair na capital polonesa, Szpilman executava ao piano o "Noturno em dó menor" de Chopin, na Polskie Radio. Seis anos depois, terminada a guerra, tocou a mesma peça musical para marcar a retomada das atividades de rádio. Este é um dos muitos e emocionantes relatos descritos em O Pianista, documento histórico e humano que revela um período de esperança, sofrimento e vitória.
(Caso queiram, sugiro que leiam a resenha ao som de Nocturne In C Sharp Major, de Chopin)
Andrzej descobriu O Pianista.
Para aqueles que assistiram o filme, o longa retrata exatamente o que está no livro. Roman Polanski levou para as telas do cinema 90% daquilo que o autor havia relatado em seu diário, entretanto, alguns detalhes estão bem mais trabalhos no livro por um motivo bastante óbvio: Fora Wladyslaw Szpilman quem vivera tudo aquilo e só ele poderia retratar de forma tão tocante. Szpilman não era escritor. Era um pianista, compositor, uma pessoa de destaque na vida cultural polonesa. Mas o que viveu durante os seis anos de Guerra e as brutalidades que fora obrigado a presenciar, viver sem sua família, fugir como um criminoso... estava tudo tão bem cravado em seus pensamentos que ele narra sua história com uma maestria sem igual, descrevendo desde flores que nasciam e desabrochavam em meio ao caos, até suas inúmeras experiências de quase-morte.
Por isso, aviso que o livro é considerado "forte". Some a imaginação fértil de um leitor com uma narrativa carregada de sofrimento e terá arrepios a cada situação de brutalidade apresentada por Szpilman. É como se você pudesse sentir o mau cheiro das ruas, ouvisse o barulho das moscas sobrevoando os corpos. É como se você pudesse ouvir cada tiro, cada bomba, sentir as paredes balançarem, o chão tremer sob seus pés.
O livro está dividido em três partes:
Para aqueles que assistiram o filme, o longa retrata exatamente o que está no livro. Roman Polanski levou para as telas do cinema 90% daquilo que o autor havia relatado em seu diário, entretanto, alguns detalhes estão bem mais trabalhos no livro por um motivo bastante óbvio: Fora Wladyslaw Szpilman quem vivera tudo aquilo e só ele poderia retratar de forma tão tocante. Szpilman não era escritor. Era um pianista, compositor, uma pessoa de destaque na vida cultural polonesa. Mas o que viveu durante os seis anos de Guerra e as brutalidades que fora obrigado a presenciar, viver sem sua família, fugir como um criminoso... estava tudo tão bem cravado em seus pensamentos que ele narra sua história com uma maestria sem igual, descrevendo desde flores que nasciam e desabrochavam em meio ao caos, até suas inúmeras experiências de quase-morte.
Por isso, aviso que o livro é considerado "forte". Some a imaginação fértil de um leitor com uma narrativa carregada de sofrimento e terá arrepios a cada situação de brutalidade apresentada por Szpilman. É como se você pudesse sentir o mau cheiro das ruas, ouvisse o barulho das moscas sobrevoando os corpos. É como se você pudesse ouvir cada tiro, cada bomba, sentir as paredes balançarem, o chão tremer sob seus pés.
Ninguém se aproximava da saída de uma das ruelas. Os transeuntes passavam ao largo, olhando com horror. Ali jaziam os restos mortais daqueles que haviam sido assassinados na véspera por terem desobedecido a alguma ordem, ou por ter tentado fugir. Entre os cadáveres dos homens jaziam também os corpos de uma jovem mulher e de duas menininhas com os crânios despedaçados. As pessoas apontavam para as marcas de sangue claramente visíveis e os restos de massa encefálica no muro, ao pé do qual jaziam os corpos. As crianças haviam sido assassinadas pelo método preferido dos alemães: agarravam-nas pelas pernas e arrebentavam suas cabeças contra o muro. Sobre os cadáveres e manchas de sangue coagulando, caminhavam grandes moscas negras e via-se claramente como os corpos em decomposição estavam inchando em virtude do calor.¹
O livro está dividido em três partes:
- 18 capítulos escritos por Wlasdyslaw Szpilman, reunidos em:
Os primeiros alemães;
As reverências do meu pai;
O gueto;
As danças na rua Chlodna;
A hora das crianças e dos loucos;
O gesto da senhora K.;
O formigueiro ameaçado;
O Umschlagplatz;
Uma chance de sobrevivência;
"Hej strzelcy wraz!" ("Ei! Atiradores unidos.." o primeiro verso do hino das tropas de elite do Exército Polonês);
O Majorzinho;
As brigas por trás das paredes;
A traição de Szalas;
No prédio em chamas;
A morte de uma cidade;
A vida por meia garrafa de vodca;
Noturno em dó menor;
- 15 curtos fragmentos do diário do capitão alemão Wilm Hosenfeld
Ao incluir estes fragmentos na presente edição, fui movido pelo desejo - na verdade, por uma obrigação moral - de salvar do esquecimento a pessoa de Wilm Hosenfeld" Andrzej Szpilman²
- Epílogo: "Uma ponte entre Wladyslaw Szpilman e Wilm Hosenfeld" por Wolf Biermann
O compositor alemão traz, a pedido do próprio Wlasdylaw (O livro fora lançado em março de 2000 na Polônia enquanto Szpilman ainda estava vivo, falecendo em 6 de julho do mesmo ano), um relato sobre o mundo entre 1939 e 1945. O mundo de Wladyslaw antes e depois da guerra, o mundo do capitão Wilm antes e depois da guerra. O que havia mudado na vida desses dois homens após terem se conhecido.
Pra quem gosta de História, principalmente da Segunda Guerra Mundial, vai amar esta leitura. Estudamos, lemos e assistimos sobre os massacres realizados nos Campos de Concentração, mas nunca tivemos respostas sobre o que os judeus sofreram até que fossem enviados aos campos. Neste livro, o Gueto de Varsóvia e o sofrimento em suas ruas e esquinas, nos traz a destruição de um povo, dia após dia, pedacinho por pedacinho, sem um motivo plausível.
O ódio gratuito, pelo simples prazer de matar.
Pra quem gosta de História, principalmente da Segunda Guerra Mundial, vai amar esta leitura. Estudamos, lemos e assistimos sobre os massacres realizados nos Campos de Concentração, mas nunca tivemos respostas sobre o que os judeus sofreram até que fossem enviados aos campos. Neste livro, o Gueto de Varsóvia e o sofrimento em suas ruas e esquinas, nos traz a destruição de um povo, dia após dia, pedacinho por pedacinho, sem um motivo plausível.
O ódio gratuito, pelo simples prazer de matar.
Pianista, O; Wladyslaw Szpilman; Tradução de Tomasz Barcinski; BestBolso, título 035; Rio de Janeiro - RJ; 2014
Citações: 1: pg 11; 2: pg 98; 3: pg 203 (N. do R.)
2 Comentários
Magnífico!!
ResponderExcluirTio Zaninho! ❤ Nem me espanto em te ver aqui numa postagem de música e piano! HAUAHAUAHAU Obrigada, fico feliz que você tenha gostado! :D
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