[COLABORAÇÃO] Série 'The Maze Runner'

Hello people!
Primeiro post de indicação/review!  E pra deixar mais especial, trago a vocês uma série que me conquistou e virou do avesso num piscar de olhos. É claro que tinha que ser algo que eu tenho muito a mimar, não é?
Muitos já estão por dentro, outros nem tanto assim. E infelizmente eu fui dessas que descobriu essa maravilha só com o lançamento do filme (que é outra maravilha), pois é, mas feito com muito amor, carinho e dedicação.
(aw)
Um Best-Seller de James Dashner, The Maze Runner!
Espero que o post incentive a ler, para aqueles que não conhecem ou estavam em dúvida se deveriam ler ou não. Aqueles que já são fãs, venham todos se apaixonar e mimar comigo!

ALERTA SPOILERS: Será inevitável não dar algum spoiler básico do volume anterior a cada review – ou em relação a livro/filme. Sugiro que vá acompanhando conforme irá lendo, caso se incomode com qualquer tipo de spoiler.

CORRER OU MORRER
Run or Die



LEMBRE, CORRA, SOBREVIVA

"If you ain't scared, you ain't human"

("Se você não têm medo, você não é humano")
O livro começa nos deixando tão confusos quanto o personagem está.
Tanto o lugar quanto a situação eram estranhos. Logo, descobrimos ser um tipo de caixa metálica, um elevador, que começara a movimentar-se, subindo.
O garoto não tinha a mínima ideia do que estava lhe acontecendo. Não tinha memória alguma, exceto pelo seu nome: Thomas.
Quando, finalmente, o elevador parou, assustou-se, pedindo ajuda. Não demorara muito até que as portas  abrissem, e então apenas ouviu várias vozes, enquanto seus olhos acostumavam-se com a claridade, depois de tanto tempo na escuridão, até revelar estar cercado por vários garotos.
Tais garotos, denominados poR eles mesmos, eram os clareanos, já que o lugar ao qual fora parar era uma grande Clareira, mas nem tão comum, era cercado por enormes muros. Muros que eram, na verdade, portas para um labirinto.

Todos os clareanos foram parar ali da mesma forma que Thomas, tendo apenas seu próprio nome como lembrança. Não era como se tivessem nascido outra vez, conseguiam lidar com tudo, mas não sabiam o que faziam de suas vidas, suas famílias, casas. Não possuíam memórias pessoais.
Porém, nascer novamente parecia uma ideia bem mais tentadora. O que eles viviam ali não era algo que um dia gostariam. Dividiam-se em grupos como: Retalhadores, Construtores, Socorristas entre outros. Uma organização  de sobrevivência. Mas havia um grupo, o mais importante e arriscado: os Corredores. Todas as manhãs, quando os portões se abrem, os corredores saem para percorrer o labirinto, memorizando-o e procurando por uma saída. Não apenas isso, o labirinto era algo mais perigoso do que aparenta.
Devem todos voltar para a Clareira antes do anoitecer, que é quando os portões se fecham, e de noite, é quando o labirinto muda e nele há monstros à solta, os Verdugos.
E assim era a rotina dos clareanos, cada um em seu trabalho, esperando pela caixa subir a cada mês, com seus suplementos e mais um novo garoto. Apenas garotos.
Depois da chegada de Thomas, tudo parece mudar. O garoto não conhecia ninguém de antes, mas alguns já o viram, os que passaram pela Transformação.
Não só, como depois dele, pela primeira vez, a caixa voltara a subir, fora de seu prazo, trazendo, para maior surpresa de todos, uma garota, juntamente a uma mensagem que mudaria a vida de todos os clareanos.


* * *

Em Correr ou Morrer, a leitura é completamente cheia de mistérios e dúvidas, ficamos tão perdidos quanto Thomas e aos outros clareanos. Porém, não deixa de ser uma leitura agradável. Mesmo por trás de tanto terror, a Clareira nos transmite, ao mesmo tempo, um bom sentimento.
Os personagens são todos envolventes em sua maneira própria, uns de se apaixonar, outros, de se intrigar.


PROVA DE FOGO
The Scorch Trials



 MENTIRAS, ARMADILHAS, MORTES, TRAIÇÕES


"The maze was only the beginning..."
("O labirinto foi apenas o começo...")

O labirinto foi apenas a primeira fase para os clareanos. Agora, deveriam enfrentar algo bem mais rigoroso.
Como já haviam ficado à par da situação, o sol queimara o planeta, mas o que viera depois, foi pior. Um novo perigo surgiu e espalhou-se. Um vírus que consome o cérebro, levando o indivíduo à Insanidade, o Fulgor.

Logo depois de resgatados, os clareanos apenas tentam tirar um tempo de descanso e alívio, mesmo sabendo que havia muita coisa por vir ainda. Só não imaginavam esse tempo ser tão pouco e rápido, para recomeçar todo o pesadelo. A aparente tranquilidade é interrompida quando quando são acordados no meio da noite por gritos lancinantes de criaturas disformes - os Cranks - que ameaçam devorá-los vivos.

O grupo é orientado a ir ao Refúgio Seguro, dito que todos ali haviam sido pegos pelo Fulgor e lá, eles encontrariam a cura. Todo o caminho até lá não seria nada fácil, o terror parecia ter sido intensificado.
Até mesmo o calor e o frio lhes eram algo de assustar.

Como em um jogo, todos eles parecem ser manipulados, com muitas armadilhas que os aguardam.
Porém, mesmo com tantas coisas horríveis à volta, as traições lhes parecem ser as mais marcantes. E saber em o quê e a quem confiar, era a mais agonizante.

W.I.C.K.E.D. is good (CRUEL é bom)
Diferente do cenário da Clareira, tudo parece ser sombrio e assustador do começo ao fim, de dar calafrios.
Nesse volume, o romance é um pouco mais explorado quanto ao volume anterior, que passara quase por desapercebido.
É possível enxergar um outro lado de cada personagem, ou, até mesmo pode-se dizer, um lado mais intenso. Muitos deles agem sem pensar antes.
Porém, o que antes tínhamos um pouco de cada um, em Prova de Fogo, o foco maior é em Thomas.
Há algumas mortes também, umas de dar um aperto no coração. (Em todos os volumes terão algumas, esteja preparado)

Se já foram deixadas várias dúvidas em Correr ou Morrer, não é dessa vez que obteremos as respostas, inclusive, mais questões permanecem em aberto, a incerteza.
Ainda assim, prende do começo ao fim. A vontade de busca pelo alívio nos parece aumentar cada vez mais, e é isso uma das chaves que mantém a leitura firme.
As respostas que tanto queremos parecem estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo.


A CURA MORTAL
The Death Cure



CONSPIRAÇÕES, SEGREDOS, REVELAÇÕES


"Will anyone survive the death cure?"

("Irá alguém sobreviver à cura mortal?")

Aos poucos, Thomas parecia estar enlouquecendo. E não era à toa, já que estava isolado sozinho num quarto há mais de três semanas.

"No vigésimo sexto dia, a porta se abriu."
Chegar ao Refúgio Seguro não lhes deram a cura, era apenas uma mentira. Mas com tudo com o que passaram, chegar lá, eles dariam as informações que levaria CRUEL a conseguir uma cura.
Bom, isso é o que disseram.
Nisso, eles obtém a confirmação de que todos ali possuíam o Fulgor em seus cérebros. Porém, não passariam pelas consequências por serem imunes... Mas nem todos.
Também lhes é oferecida a oportunidade de conseguir de volta toda a memória que fora tirada de cada um.

Vemos como as cidades ainda lutam contra o Fulgor, toda a população dividida, e quão rigorosos são aos que não são Privilegiados, aglomerando e isolando-os, para que atinjam juntos à Insanidade, até que se matem.

"Toda cidade importante tem um Palácio dos Cranks, um lugar para onde mandam os infectados..." - Brenda
Finalmente chegara a hora da última fase, o Experimento Final.
CRUEL garante que depois disso, finalmente, obteriam a cura. Seria possível confiar neles, depois de tudo até agora?
O resultado poderia dar em um sacrifício em vão ou na salvação da humanidade.
Mas de qualquer forma, tal cura seria mortal à eles.

 

* * *

Antes de qualquer coisa mais, gostaria de dizer sobre a aventura que é/foi para mim(e acredito que para muitos outros também) ler esse livro. Quem está por dentro da roda dos Gladers, provavelmente deve ter ouvido algo sobre esse volume, ou até mesmo não tenha percebido, mas sempre há algo nas entrelinhas.
E, realmente, se você leu os volumes anteriores de mente e coração abertos, precisará estar preparado para as fortes emoções que estão por vir. Garanto que irá lhe marcar profundamente.

Se você gostou de toda a ação que teve em Prova de Fogo, esse volume promete mais do que qualquer outro, tendo do começo ao fim de forma cada vez mais intensa, de tirar o fôlego.
Alguns personagens acabaram por serem "esquecidos", não foi como dá a esperar.
O romance é relativamente semelhante ao volume anterior. Se é o que procura, não é aqui que irá achar, mas sim um Bromance. A irmandade entre Thomas, Newt e Minho é a maior e mais forte característica dessa trilogia, tendo uma maior importância a cada volume, chegando ao ápice neste último.
Encontros inesperados estão por vir, irá surpreender.

Estamos lidando com um plot que vai além da realidade atual, uma distopia. É esperado que nos traga várias perguntas e dúvidas, e o final é o momento que voltamos a questionar ainda mais.
Infelizmente a trilogia se concluiu sem conseguir responder à todas as perguntas. Muitas críticas surgiram quanto à isso. Ainda assim, passou longe de ser ruim.
Há muito com o que ficar triste e decepcionado.

 Particularmente falando, foi o volume mais difícil de eu ler de primeira, devido à tal montanha-russa de sentimentos. Mas é isso que deixou o livro marcante, tornando-se um dos meus favoritos juntamento aos outros. E recomendo.

E entre - e apesar - de todas as nossas interrogações, temos a resposta da pergunta mais importante:

CRUEL é realmente bom?

A TRILOGIA


Agora, vamos à análise em geral.

- LIVROS

Cada um parece conter uma história bem longa devido a sua espessura, fisicamente falando, mas na verdade, é uma leitura bem fácil. Apesar de ter muita ação, tudo flui naturalmente, sem nos dar alguma dificuldade para procriar as cenas.
Além disso, prende do começo ao fim e é possível sim, ter uma leitura rápida de um dia livre para cada um.
Uma das características da escrita de James Dashner - uma ótima ideia, inclusive -, são os capítulos pequenos e empolgantes, cade um tendo cerca de, em média, 5 páginas, todas elas terminando de uma forma a nos dar vontade de mais.
"Só mais um capítulo, é curto e rápido, por que não?"
E é assim que, sem ao menos perceber, já concluímos nossa leitura.

- VOLUMES

Passando a leitura do primeiro para o segundo, a história parece ter mudado radicalmente.

Labirinto  Deserto, Verdugos  Cranks.

 As ideias iniciais de cada um são um tanto distantes.

Do segundo ao terceiro há uma conexão maior, realmente dando uma ideia de continuidade. Porém, ao ler o último volume, vamos enxergando a conexão entre os três livros.

Todos os livros têm a narração em terceira pessoa mas com o ponto de vista do protagonista Thomas.


- PERSONAGENS

Os personagens, são, definitivamente, a maior aventura da trilogia. Uma montanha-russa de sentimentos.
De começo, passamos a nos envolver com cada um deles de maneiras diferentes. Alguns não gostamos, uns são indiferentes e outros passam a nos ser mais especiais.
A cada volume, isso pode mudar. Podemos manter um sentimento indiferente, ter grandes revira-voltas, criar vínculos com os novos personagens ou fortalecer afeto.
E a forma que conectamos com cada um influencia no impacto da leitura.

Uma coisa ruim durante a trilogia é a falta de desenvolvimento (e envolvimento também) dos personagens.
Depositamos várias expectativas de primeira para alguns mas elas não chegam a ser aquilo que esperávamos ou não possui uma participação aceitável.
(E sim, há um personagem que de primeira eu esperei muito dessa pessoa, visando uma grande importância que ela tinha e poderia impor ao longo da história, mas acabou só por desejar)
SPOILER cofcof Sonya, que, como uma das líderes do Grupo B, poderia ter uma participação mais especial e super shippável com o Minho, mas fazer o quê :/

- VOCABULÁRIO DOS CLAREANOS

Uma das coisas mais legais, com certeza, é o vocabulário dos clareanos. É uma das características próprias deles, o que os fazem únicos.
Tudo que há na Clareira foram eles mesmos que contruíram e ergueram, e o mesmo, de certa forma, se aplica na linguagem.
Alguns exemplos, os mais usados, são:


 Greenie  Fedelho

Shank  Trolho

Shuck  Mértila

Klunk  Plong

 Entre outros.




ORDEM DE EXTERMÍNIO
The Kill Order


EXPLOSÕES, EXTINÇÃO, CONTÁGIO, DEVASTAÇÃO (?)

Sinopse: Antes de o CRUEL existir, antes que houvesse o Labirinto e muito antes que Thomas ingressasse na Clareira, as chamas solares assolaram a Terra e destruíram o mundo que a humanidade considerava salvo... Mark e Trina estavam lá quando tudo aconteceu, e sobreviveram. Mas sobreviver às chamas foi fácil se comparado ao que viria depois. Agora, um vírus que toma conta da mente com violência e dor se espalha por todo lugar e existe algo muito suspeito sobre sua origem. Pior ainda: ele está em mutação e as evidências sugerem que a humanidade se ajoelhará diante do caos, prevendo uma morte inevitável e assustadora. Mark e Trina estão convencidos de que existe uma maneira de salvar os poucos que restaram. E estão certos de que podem encontrá-los. Porque neste novo e devastado mundo, cada vida tem um preço. A sua também. E para alguns, você vale muito mais morto do que vivo.


Ordem de Extermínio é a primeira prequel (vulgo spin-off) da trilogia The Maze Runner.

A única coisa que sabemos é que o Sol havia queimado o planeta e logo depois veio o Fulgor.
Como era tudo antes da Clareira, Labirinto e CRUEL? Como esse vírus espalhou-se? O que aconteceu?
Treze anos antes de Thomas ir à Clareira. Obteremos mais algumas respostas.

* Apesar de relatar o que aconteceu anteriormente de toda a história principal, com os clareanos, o leia apenas depois de concluir a leitura da trilogia.

Neste livro, o protagonista é Mark. Todos os personagens aqui são mais maduros, o que na leitura, influencia a termos uma sensação completamente diferente quanto aos outros.

Se você acha rígido tudo aquilo que vimos sobre os infectados pelo Fulgor, bom, antes era pior, acredite. O que o vírus apenas levava a pessoa a, aos poucos, atingir a insanidade, antes ele poderia afetá-la de uma forma repentina e inusitada. O vírus estava em mutações.

A ação presente na história continua a ser de tirar o fôlego. E possui mais romance do que qualquer outro livro da série até agora. Não apenas o romance entre os personagens, como há um afeto de uma forma que não teve na trilogia. A personagem Trina, que possui um carinhoso coração e que, com certeza, irá encantar muitos dos leitores.
 Sem falar do bromance, que não podia faltar. No caso, a irmandade entre Mark e Alex.

Como havia já citado nas reviews dos outros volumes, durante toda a trilogia nos apegamos à muitos dos personagens, o que deixa muitas das cenas a serem mais marcantes e envolventes. Mas os leitores já estão a par do que acontece depois, então já é de se imaginar como esta prequel irá se finalizar. Porém, mais uma das características na escrita de James Dashner vêm a brilhar na narrativa, detalhando de uma forma em que nos encantamos com todo o grupo, mas não nos apegamos tanto assim à eles quanto foi com o clareanos. Cada cena de morte, romance, ação, aventura entre outros, irá surpreender o leitor.
 

Particularmente falando, da série, esse foi o volume que mais foi difícil para ler, nos quesitos de incentivo, por já saber que lá não teríamos todos os nossos queridos clareanos. Além disso, apesar de nos dar mais respostas, não é a chave para esclarecer as coisas, o que pode ser bom ou ruim para alguns. Podemos esperar por mais prequels.

O que muitos leitores daqui não sabem, é que esta prequel contém um epílogo extra, que fora revelada quando o volume foi lançado na América do Norte e que contém coisas importantes, mais uma resposta sobre CRUEL! Então caso tenha lido os quatro livros e não sabia sobre esse epílogo, estou o colocando aqui abaixo na caixa de spoiler.


Spoiler:
ATENÇÃO: ESSE SPOILER CONTÉM O EPÍLOGO EXTRA DO LIVRO "ORDEM DE EXTERMÍNIO", QUE NÃO CONTÉM NA VERSÃO PUBLICADA NO BRASIL.
Teresa sentou-se numa mesa em uma sala escura e fria na sede de CRUEL. Ocorreu-lhe, não pela primeira vez, que sempre foi assim aqui, frio e escuro, e se perguntou porquê.
Claro, havia luzes sobre a mesa. Mas eles mal penetravam a escuridão que parecia viver através das paredes deste lugar que foi seu lar. E, de alguma forma, Alasca recusou-se a ser quente como o resto do mundo, o frio extremo superando qualquer calor que as pessoas do CRUEL tentaram bombear através dos corredores do edifício. Teresa tremia tão forte que ela achou que era impossível relaxar. Embora o frio não fosse à única razão pela qual ela estava tensa — nem de longe.
Ela nunca teria imaginado que era possível, mas ela sentiu falta do calor insuportável do mundo devastado pelo sol, sentiu falta do brilho de tudo isso, a luz intensa que faz as coisas parecerem suportável. Qualquer coisa superava a sombria monotonia do CRUEL.
Ela tinha estado lá por dois anos. Mais de um quarto de sua vida. Tempo suficiente para que as memórias de seu passado começassem a desaparecer, substituído pelo dia do dia-a-dia de seu novo mundo. Dois longos anos e ela ainda tinha que encontrar um amigo. Apenas adultos, com rostos alongados e sérios. Um deles era bom, um homem chamado Randall, mas ela quase nunca o via. Ele prometeu a Teresa que ela teria um amigo em breve. Muito em breve. E depois muitas vezes mais.
De fato, era por isso que ela estava sentada nesta sala. Esperando. Supostamente eles haviam encontrado outros como ela.
Houve uma batida na porta, em seguida foi aberta. Era assim que as coisas eram no CRUEL -todos educados. Eles fizeram Teresa se sentir protegida. Mas, então, o sentimento desapareceu e a verdade ficou clara mais uma vez: Teresa não passava de um Indivíduo.
Uma mulher entrou. Ela era jovem e bonita, apesar de seu cabelo estar puxado para trás em um coque que parecia certamente doloroso. Seu rosto tinha uma dureza, uma tensão, como se a pele estivesse sendo arrancada junto com seu cabelo no que quer que segurava tudo atrás de sua cabeça. Ela deu um aceno rápido e um indício de um sorriso a Teresa, então foi direto ao assunto.
“Obrigada por esperar”, disse a mulher. “Temos alguém que gostaria que conhecesse e nós estamos prontos para levá-la a ele. Eu estava esperando a aprovação final do Chanceler Michael. Por isso o atraso”
“Eu não me importo de esperar”, respondeu Teresa. “Mas você nem sequer me disse o seu nome.”
Um lampejo de surpresa atravessou o rosto da mulher. Os adultos do CRUEL muitas vezes pareciam surpresos quando Teresa falava com eles. Eles ainda esperavam que ela agisse como a maioria das crianças de sua idade.
“E”, acrescentou Teresa. “Eu não entendo por que não fui autorizada a conhecer o Sr. Michael ainda. Estou aqui há quase dois anos. Você não acha que eu devia apertar as mãos com ele?”
A mulher gaguejou, mas se recuperou rapidamente. “Antes de tudo, meu nome é Ladena. Mas isso não é importante. Quanto ao Chanceler, ele… não tem necessidade de conhecê-la. Ele tem o seu trabalho e você tem o seu. Fique agradecida que você vive em um lugar seguro, com toda a comida que você precisa. Isso deve ser o suficiente.”
Teresa ficou para trás, tentando mostrar que ela não estava feliz com a resposta de Ladena. Demorou alguns segundos, mas a mulher percebeu o que tinha feito.
“Eu sinto… muito”, disse ela. “É só que… eu não estou acostumada com tudo isso. Eu não sei qual a melhor forma…”
“Está tudo bem”, disse Teresa em voz alta e com confiança. “Eu não esperava nada de diferente, eu acho. Eu sabia que o Chanceler não queria ver as crianças ele convida a largar suas vidas. Não é grande coisa. Mas obrigada por me dizer o seu nome.”
Mais uma vez, a mulher parecia chocada, mas só por um segundo. Havia uma centelha de raiva em seus olhos quando ela olhou para Teresa. “Eu costumava pensar que nós estávamos fazendo decisões questionáveis. Mas não mais. Não depois que eu vi o que está acontecendo lá fora, no mundo. Eu realmente acho que você deveria estar agradecida por estar aqui, sã e salva. Eu acho que você devia estar muito, muito grata”
“Eu nunca disse que eu não estou” Teresa respondeu, olhando diretamente para Ladena. “Sou grata. E eu não acho que importa o que eu penso ou o que você pensa sobre CRUEL. Não tem uma escolha, tem? Às vezes, você tem que agir ou morrer.”
Ladena estava balançando a cabeça lentamente, com um olhar de confusão em seu rosto. “Você é muito inteligente para a sua idade, não é? Eu honestamente não sei o que fazer sobre isso.”
“Não há nada para fazer sobre isso. Eu só estou tentando falar com você como uma pessoa normal.”
“Eu não acho que você é uma pessoa normal.”
Teresa ergueu-se orgulhosamente. “Provavelmente não.
” Ladena parecia estar estudando Teresa como um espécime de laboratório. “Há algo de especial…” Ela balançou a cabeça como se estivesse tentando acordar de um sonho. “O que estou fazendo? Eu preciso levá-la para onde eles estão mantendo o garoto. É hora de vocês dois se encontrarem. Eles estão dizendo que ele é o mais qualificado que eles encontraram”
Teresa estava cansado de falar com esta mulher de qualquer maneira. Ela se levantou e caminhou até a porta, mostrando que ela estava pronta para ir.
“Quantos eles encontraram”, perguntou Teresa.
“Uma dúzia ou algo assim. Mantivemos todos vocês isolado até o momento. Mas o Chanceler concordou que você e o menino estão prontos para se conhecer. Que a ambos vocês serão dadas… certas responsabilidades.”
Teresa deu de ombros. Ela tinha começado a fingir que as coisas não lhe interessavam muito, quando na verdade interessavam muito. Ela seguiu a mulher até o corredor, que era tão frio e sombrio como o quarto que elas deixaram.
“Qual é o nome dele?”, Perguntou Teresa.
Ladena respondeu com uma voz cansada quando ela começou a andar pelo corredor.
“Eles o chamam de Thomas.”
Não tinha muitas janelas no CRUEL.
Teresa tinha adivinhado o porquê. Eles não queriam que seus súditos tivessem muitos vislumbres do lado de fora, o que estava fora dos limites, exceto em raras ocasiões. Além disso, eles viviam em um mundo onde Cranks poderiam atacar a qualquer momento. Mais janelas significariam mais oportunidades para que eles quebrarem e espalham a doença. Ou pior.
Mas Ladena guiou Teresa passando por uma fenda estreita de uma abertura durante o caminho para conhecer o novo garoto, e Teresa se recusou a deixar passar essa chance sem tirar proveito dela. Sem se preocupar em pedir, ela rapidamente correu para a janela.
“Hey!” Ladena chamou. “Não temos tempo para isso!” Mas seu comando não tinha qualquer autoridade — a mulher, obviamente, se sentiu desconfortável com as tarefas que lhe tinham sido dada por CRUEL.
Teresa apertou o nariz contra o vidro frio e olhou para as maravilhas do mundo exterior ao mesmo tempo em que sua respiração condensada enquadrava a borda inferior do seu ponto de vista. No lado esquerdo, ela podia ver o concreto cinza da própria sede, estendendo-se até as paredes curvas fora de vista. Mas além disso, e à sua direita, tinham arbustos e um gramado amplo amarelado atravessado por passarelas repletas de postes de luz. Um pouco mais longe estava a floresta — ainda vibrante e viva, molhada com as chuvas recentes. Verde e grossa e majestosa, escondendo tudo o que quer que viva dentro.
Era tão diferente das madeiras secas e queimadas que Teresa tinham sido acostumada a ver antes de ser enviada para CRUEL. Pela milionésima vez, ela ansiava por aquele lugar que costumava ser sua casa, tão sombrio quanto era. Apesar dos horrores que ela testemunhou lá, ela ansiava por sua mãe e seu pai e irmãos, por todas as pessoas que a amava antes que a loucura tirasse a sua sanidade. Antes de o —
A mão de Ladena tocou o ombro de Teresa, fazendo-a saltar e girar ao redor. Parecia que ela estava de pé na janela por horas, perdida em pensamentos.
“Nós temos que ir”, disse a mulher, com a voz agora preenchida com algo que soou como verdadeira compaixão. “Eles estão esperando, e se demorar muito mais nós duas poderemos ficar em apuros.”
Teresa sentiu uma explosão de raiva, toda ela dirigida para a pessoa que está à sua frente. Mas não havia razão para isso, e rapidamente desapareceu na sua habitual atitude “quem-se-importa”.
“Ok, me desculpe”, disse Teresa. “Vamos conhecer esse rapaz.”
Ladena sorriu e levou-a para longe.
Dois homens de terno esperavam em uma porta fechada, com as mãos dobradas na frente deles. Seus olhares estavam colados à parede atrás de Teresa e sua acompanhante, e se não fosse por seus olhos piscando, Teresa poderia ter pensado que eles eram estátuas.

Quando Ladena falou, eles finalmente olharam para ela.
“Estamos prontos para conhecer o menino,” ela disse em uma voz tímida.
“Não existe nenhum ‘nós'”, o homem à esquerda respondeu. A única diferença entre ele e seu colega era que seus cabelos escuros se dividiam em lados opostos. “Você pode ir agora. Nós vamos assumir a partir daqui.”
Teresa pensou que Ladena fosse se sentir ofendida pela resposta curta, mas a mulher parecia esmagadoramente aliviada.
Ela virou-se para Teresa e disse: “Você é ainda mais brilhante do que eles disseram. Eu posso dizer. Há algo sobre você. Boa sorte. De verdade, estou falando sério.” Ela estendeu a mão e apertou a de Teresa, em seguida, rapidamente se afastou, como se ela estivesse com medo que os homens podem mudar de ideia e fazê-la ficar.
Teresa quis responder, dizer alguma coisa para deixar a mulher saber que por mais estranho que foi o momento entre as duas, Ladena tinha mostrado um pouco mais de humanidade para ela do que qualquer outra pessoa teve até agora. Ela parecia verdadeira.
Mas nada saiu. E agora os dois homens estavam olhando para ela como se ela deveria decidir o que acontece em seguida.
“Então?”, perguntou Teresa. “O que vocês estão esperando? Eu não deveria entrar?”
Um dos homens riu — Teresa já tinha esquecido que ele era o único que tinha falado antes. “Eles disseram que você poderia ser um pouco levada, às vezes. Vamos lá, então. Você vai. McVoy está esperando por você.”
Seu companheiro estendeu a mão e apertou-a contra uma tela na parede. Houve um clique e a porta se abriu. Nenhum dos dois se moveu, e Teresa não estava com vontade de perder tempo, por isso, sem dizer uma palavra, ela passou por eles e entrou no quarto.
Era um escritório, escassamente mobiliado com o mínimo que um espaço de trabalho precisa. Uma mesa, algumas prateleiras, algumas cadeiras ao redor de uma pequena mesa no canto. Nada pendurados nas paredes. Uma mulher com cabelo curto e escuro sentou-se à mesa, e ao lado dela estava um menino que parecia ser um ou dois anos mais jovem do que Teresa, sentado com as mãos no colo, olhando fixamente para um ponto na parede à sua frente. Ele parecia muito medo, estava quase tremendo. Seus olhos brilharam ao olhar para Teresa, mas depois voltou ao mesmo ponto na parede. Ele tinha cabelo castanho arenoso e um rosto queimado de sol.
A ousadia que Teresa estava sentindo desapareceu. De repente, ela sentiu medo, e desespero brotou dentro dela. Ela não sabia por que, realmente, mas ela queria se virar e sair.
“Sente-se”, a mulher na mesa ordenou. Não duramente, mas não gentilmente, também. Ela apontou para uma cadeira em frente ao garoto. “Temos muito o que conversar.”
Ela não tinha terminado a frase até que um dos homens fechou a porta atrás de Teresa. Isso a assustou, e ela ficou com vergonha de mostrar seus nervos. Tentando compensar isso, ela se aproximou e sentou-se à mesa, escolheu a cadeira ao lado do menino ao invés do que a mulher tinha indicado. Um pequeno ato de desafio, mas pelo menos era alguma coisa.
“Meu nome é Katie McVoy”, a mulher disse: “E …” Ela olhou para o menino, então estendeu a mão e tocou-lhe no ombro.
O menino olhou para Teresa. “Meu nome é … Thomas. Estou feliz por estar aqui, feliz por servir CRUEL. Vou fazer o que eles precisam de mim para fazer para podermos encontrar uma cura para o vírus. “
Teresa nunca tinha ouvido nada tão forçado em sua vida. Mas ela não estava surpresa. Já se foi o tempo em que o menino teve a coragem de deixar seu verdadeiro eu brilhar na frente dos funcionários do CRUEL.
“O meu nome é Teresa”, disse ela de volta para ele, tentando o seu melhor para soar amistosa. “Não se preocupe. Não é tão ruim por aqui. E a comida é muito boa. Além disso, nós estamos seguros do… você sabe.”
“Os Cranks?”, perguntou Thomas. “As pessoas loucas?”
Teresa assentiu. A tristeza na voz do rapaz era pesada.
“Meu pai era um…” Ele vacilou. Mas, então, um pouco de força apareceu e Thomas se endireitou em seu assento. “Ele era um Crank. E minha mãe teria sido um. Eu estou contente que nós iremos ajudar pessoas como eles. E impedir que isso aconteça mais.”
“Eu também”, disse Teresa, sentindo um pouco sem palavras por algum motivo.
McVoy soltou um suspiro, então se inclinou para frente, colocando os braços sobre a mesa. “Eu posso dizer que vocês dois vão se dar muito bem. O que é uma coisa muito boa, porque vocês vão se ver uma enorme quantidade de vezes. Vocês dois foram escolhidos para ser uma parte integrante dos nossos planos nos próximos anos. Vocês vão interpretar papeis que são extremamente importantes, e vocês devem estar orgulhosos de si mesmos por ser selecionados”
Teresa estava tentada a dizer um monte de coisas, ainda querendo mostrar que ela não se intimidava com essa mulher. Mas a curiosidade superou tudo e ela esperou por mais. Thomas sentou-se em silêncio também.
“Nós vamos tornar vocês ainda mais especiais do que já são”, McVoy continuou. “Vocês serão líderes de outras crianças imunes. Vocês vão nos ajudar a preparar os testes e ensaios, nos ajudar a treinar e preparar os Indivíduos. Para isso, e por muitas outras razões que vocês vão entender mais tarde, implantaremos dispositivos em suas cabeças que lhes permitirá comunicar uns com os outros de uma maneira que nunca foi feito antes.”
Teresa queria fazer uma dúzia de perguntas. Mas ela não sabia por onde começar.
A mulher parecia uma mãe orgulhosa. “Em breve vamos começar a maior e mais importante fase da enorme tarefa. E esperamos que vocês dois façam uma grande parte do projeto.”
“O que é?”, Perguntou Thomas, sua voz soando jovem, mesmo para os ouvidos de Teresa.
McVoy sorriu. “O Labirinto, Thomas. Você e Teresa vão nos ajudar a construir o Labirinto.”
Algumas horas mais tarde, Teresa sentou-se em um sofá com Thomas, sozinho.
Eles haviam mudado seus aposentos, colocando-a em um quarto que era melhor e maior, com uma janela menor no topo de uma parede que permitia um pouco de luz natural no ambiente. Parecia a luz do céu. Thomas estava em um quarto semelhante ao dela, e uma sala de estar estava localizado entre os dois, com móveis e uma pequena cozinha. Até mesmo tinha uma tela para entretenimento, embora Teresa imaginasse que só teria coisas relacionadas a treiná-los para o que estava por vir.
E agora, lá estavam eles, novos amigos, embora eles não tivessem muito escolha, sentados no sofá, falando. Com um futuro que nenhum deles poderia imaginar à espera nos bastidores.
“Ela disse que vão colocar os dispositivos em nossas cabeças”, disse Thomas. “O que isso significa? Quem sai por aí colocando dispositivos em cabeças de crianças?”
Teresa riu, surpreendendo a si mesma tanto quanto Thomas a julgar pelo olhar em seu rosto.
“O quê?” Ele perguntou.
“Oh, nada. Apenas algo sobre a maneira que você disse isso. Quem sai por aí colocando dispositivos em cabeças de crianças? CRUEL, eu acho.”
“O que isso quer dizer o nome, afinal? Por que eles são chamados assim?”
“Alguém me disse que há uma razão para tudo por aqui e um dia vamos entender. Mas isso representa algo. Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal. Você sabe o que o Killzone é, né?”
“Sim.” Ele bateu na têmpora direita. “Onde o Fulgor faz você ficar louco“.
“Sim.”
Um olhar escuro passou sobre Thomas e Teresa lembrou-se o que ele disse sobre sua mãe e pai.
“Então, ambos os seus pais pegaram isso, hein?”, Ela perguntou.
Thomas balançou a cabeça, e por um segundo, parecia que ele ia chorar, mas depois ele se recompôs. “Eu estava morrendo de medo do meu pai. Antes que eles finalmente o levaram embora, eu tive certeza que ele tinha entrado no meu quarto e me tentado me matar uma noite. Eu estou quase agradecido que eu nunca vou ter que ver minha mãe se transformar em um Crank assim.”
“Você é muito durão para uma criança”, disse Teresa. E ela quis dizer isso, ela ficou impressionada.
“Criança?” Thomas repetiu. “Quem você está chamando de criança? Você não é muito mais velha do que eu.”
“Como eu disse,” ela respondeu com um sorriso. “Você é durão. Olhe para você. A maioria das crianças da nossa idade estaria chorando até seus olhos caírem.”
Thomas zombou, embora não tivesse muita força por trás disso. “Eu não estou com medo de chorar. Eu chorei praticamente todos os dias desde que o meu pai começou a ficar louco. E eu não estou com medo de estar aqui. Eu vi o que essa doença estúpida faz com as pessoas, e se eles acham que eu posso ajudá-los, então é muito melhor do que ser colocado em um orfanato velho assustador.”
Teresa estava gostando esse menino mais e mais. Talvez ela finalmente teria um amigo.
“Quando foi que você descobriu que é imune?”, ela perguntou a ele.
“Eles vieram e me testaram quando meu pai pegou o vírus. Eu pensei que era normal, para ver se a minha mãe e eu tinha isso também. Eu nem sabia que você poderia estar imune naquela época. Quando eles nos disseram, eu pensei que eles estavam brincando. Eles pareciam o tipo de idiotas que faria algo assim.”
“Como se sentiu quando você descobriu?”
Thomas olhou para o chão, a culpa piscando sobre sua face.
“O quê?” Teresa empurrou.
Seus olhos encontraram os dela, e de repente foi como se ela tivesse conhecido ele desde que nasceu. Como se ele fosse seu irmão.
“O quê?”, Ela perguntou de novo, tentando manter sua irritação em sua voz.
“Eu estava animado. Muito, muito animado. Tudo o que eu conseguia pensar era como eu não teria que passar por toda a porcaria que o meu pai fez e minha mãe faria. Isso me fez … feliz. “
“Então? O que há de errado com isso?”
Thomas encolheu os ombros. “Tudo o que importava era eu mesmo. Mesmo quando eles me levaram embora e eu tive que dizer adeus a minha mãe, eu ainda fiquei pensando que eu tive sorte, porque eu não teria que vê-la passar por tudo isso. E grato que eu ia ficar bem. “
“Nossa,” Teresa resmungou. “Então você é um ser humano normal. Qualquer um poderia pensar essas coisas. Pare de se torturar com isso.”
“Eu sou um pirralho egoísta. Minha mãe precisava de mim e eu basicamente estava ansioso para sair de lá.”
“Oh, por favor. Você está me dizendo que você não sente falta da sua mãe? Que você não a ama?”
Thomas balançou a cabeça lentamente. “Não. Não estou dizendo nada disso. Eu sinto falta dela tanto que dói. Eu só estou… Eu não quero passar por isso de novo.”
“Exatamente.” Teresa estendeu a mão e deu um tapinha no braço dele. “Você é normal e honesto. Estou feliz por eles nos colocar juntos para fazer… seja lá o que é que eles querem que façamos. “
“Sim”.
Ele só disse uma palavra, mas de alguma forma Teresa poderia dizer que ele estava tentando dizer muito. Que concordava com ela, que estava feliz de estar lá com ela, que ele esperava que eles pudessem ser amigos e fazer a diferença. Ajudar CRUEL a realizar a tarefa de encontrar uma cura para o Fulgor.
Thomas recostou-se no sofá e cruzou os braços. “Você fica me fazendo todas essas perguntas. E você? De onde você veio? Como tem sido para você?”
“Eu tipo odeio… falar sobre isso.”
“Bem, eu também. Mas eu fiz.”
Ela franziu os lábios e assentiu. “Sim, você fez. É bom, eu acho, ouvir sobre isso de outra pessoa. Mas… o meu é tipo uma história maluca.” Então, ela ficou em silêncio, sabendo que ele não iria deixá-la fugir disso por muito tempo. Ela estava certa.
“Bem?”, ele perguntou. “Eu estou esperando. Quem não gosta de uma história louca?”
Ele sorriu, e ela sorriu de volta.
“Meu nome era Deedee antes de vir aqui”, ela começou.
E então ela disse-lhe o resto.


Tradução: The Maze Runner Brasil

ARQUIVOS


Sinopse: Neste volume o leitor terá acesso a documentos confidenciais: e-mails entre os funcionários do CRUEL, memorandos que deveriam ter sido destruídos logo após serem lidos e uma seleção das lembranças de alguns Clareanos. Todos esses arquivos compõem mais esta joia escrita por James Dashner e ilustrada por Marcelo Orsi Blanco, que oferece um olhar único para o mundo de Maze Runner e uma leitura obrigatória para os fãs da saga. Logo que tiver acesso a estas informações, o leitor saberá claramente se o CRUEL é bom ou não...

Assim como diz o próprio nome do livro, nele, contém arquivos. Basicamente a sinopse em si já relata tudo que há nesse volume. O que também não é tanta coisa assim, já que é um livro de espessura muito fina, contendo apenas 76 páginas. Ou seja, é uma leitura super rápida.
Este volume não é narrativo, o formato é realmente como se estivéssemos com os verdadeiros documentos em mãos, e, as páginas, inclusive, possuem tal aparência de ser algo já um pouco "antigo".
Nela também contém algumas imagens, no caso, para dar o leitor alguma noção dos acontecimentos, já que pode estar relacionado à alguma cena aleatória de alguma parte do livro. Como por exemplo, em todos os livros temos uma visão focada em Thomas, mas... e enquanto isso? E quando alguns outros clareanos não estavam por perto?

Chega a ser uma leitura dispensável sim, porém, é interessante.


* * *

E agora finalizo a minha review.
Não só uma review, como serve também como uma indicação.
No geral, é uma série muito boa, explorará muito da imaginação do leitor! E mesmo que você seja alguém como eu, que gosta de estar sempre lendo um romance, é apaixonante da mesma forma! Fora que tem aquelas cenas de te deixar muito com um mental breakdown. (O que eu adoro)
Sintam-se livres para criticar e comentar, ou até mesmo, conversar comigo! Amo leitores interativos.


Espero que tenham gostado! ~
Escrito por: Ayra Mukaibata
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Ayra. 18 anos. Futura psicóloga, atleta de handebol, colecionadora (seja de cds, bonecos, miniaturas, adesivos, etc) ouve música para qualquer coisa que faz, sempre lê antes de dormir (de fanfics à livros). Apaixonada pela fotografia e coisas que a natureza têm a oferecer. Melhor amigo e o bb, é um gato. 

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