Resenha #64 — 'Lady Whistledown Contra-Ataca'; Julia Quinn, Mia Ryan, Karen Hawkins e Suzanne Enoch

Se você assistiu Bridgerton e adorou as alfinetadas de Lady Whistledown, esse livro é para você. Escrito pelas autoras Julia Quinn, Mia Ryan, Suzanne Enoch e Karen Hawkins, o livro reúne quatro histórias ligadas a um mistério. Vamos de resenha? 

Título: Lady Whistledown Contra-Ataca
Autoras: Julia Quinn, Mia Ryan, Karen Hawkins e Suzanne Enoch
Tradução: Marcelo Schild, Rachel Agavino, Maria Carmelita Dias e Janaína Senna
Páginas: 352 páginas
Editora: Arqueiro

Sinopse: Com a participação especial da famosa cronista da sociedade criada por Julia Quinn, Lady Whistledown Contra-Ataca é formado pelas narrativas curtas de quatro escritoras consagradas, tendo como fio condutor o roubo de uma pulseira milionária. Seus contos são como pérolas que se unem e formam uma peça de valor inestimável. Quem roubou o bracelete de lady Neeley? Terá sido o caça-dotes? O apostador? A criada? Ou o libertino? Londres está fervendo com as especulações, mas, se ainda restam muitas dúvidas, pelo menos uma coisa é certa: um desses quatro está envolvido no crime. Crônicas da sociedade de lady Whistledown, maio de 1816 Julia Quinn encanta... Um belo caçador de fortunas foi enfeitiçado pela debutante mais desejada da temporada. Agora ele precisa provar que o que deseja é o coração da jovem, não o dote dela. Mia Ryan delicia... Uma criada adorável e espirituosa está deslumbrada com as atenções românticas que tem recebido de um charmoso conde. Mas um relacionamento entre eles seria escandaloso e poderia arruinar a reputação dos dois. Suzanne Enoch fascina... Uma jovem inocente que passou a vida evitando escândalos de repente se vê secretamente cortejada pelo maior libertino de Londres. Karen Hawkins seduz... Um visconde que vaga sem destino volta para casa para reacender o fogo da paixão de seu casamento, mas descobre que sua linda e decidida esposa não será conquistada tão facilmente.

Quem roubou o bracelete de lady Neeley? Terá sido o caça-dotes? O apostador? A criada? Ou o libertino? 

Ganhei esse livro num amigo secreto de natal, em 2017 e só conhecia a Julia Quinn de autora. Nessa época, eu andava fissurada pela leitura de Os Bridgertons, que conheci em 2015, e tinha recém lido a série Quarteto Smythe-Smith. Logo, imagine a minha surpresa com o plotwist, a história narrada pela Quinn foi a que menos me interessou. 

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Com os capítulos intitulados “O primeiro beijo”, de Julia Quinn, “A última tentação”, de Mia Ryan, “O melhor de dois mundos”, de Suzanne Enoch” e “O único para mim” de Karen Hawnkins, o livro traz quatro histórias curtas, interligadas pelo mistério do roubo do bracelete. Cada história apresenta um ponto de vista do fato, o que foi fantástico!

Tendo o mesmo plano de fundo, a narrativa do roubo do bracelete como já foi mencionado, podemos ver os personagens tentando entender o que de fato aconteceu naquela festa e quem está com o tão famoso bracelete, mas também acompanhamos a construção de cada romance, em suas histórias e tramas, só comprovando a ligação que os contos têm entre si.

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 Uma coisa muito legal aqui, também, é a distinção de personagens, com a clássica debutante mais desejada da temporada e a possibilidade de um caça-dotes estar a sua busca. Mas há, também, um conto entre uma criada e um conde que, particularmente, me encanta muito (vide meu livro favorito de Os Bridgertons ser o #3). Mais libertinos à espreita, desta vez com moças tímidas e porque não recatadas, numa deliciosa distinção de personalidades. O enredo de um casamento interrompido, através de um marido que abandonou sua esposa e deseja reconquistá-la também é plano de fundo deste livro, apesar de não ter me agrado tanto - a ideia de redenção após deixar uma mulher em plena desgraça, afinal, eram tempos onde mulheres tinham seus “méritos” através do casamento, não me parece algo a ser perdoado (mas nada contra a quem gostou do conto, viu?).

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E, em meio a isso tudo, nós temos a maravilhosa, sarcástica e nada discreta Lady Whistledown. Se você leu Os Bridgertons ou assistiu a primeira temporada da série, já deve saber quem é a misteriosa autora e, neste livro, saber da informação deixa um gostinho interessante: é possível passar a procurar por ela pelos bailes, uma menção ao seu cabelo ou aparência, sua família e coisas do tipo. E, assim, a gente se insere ainda mais naquilo que a literatura é capaz de fazer: se sente parte do todo, com um leque nas mãos, um espartilho apertado e um sotaque britânico. HAHAHA

Já leu o livro? O que achou da resenha?

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