Aquele sábado maravilhoso pós-estresses da faculdade e pré-estresses da faculdade que a gente joga tudo pra cima e fica em casa tomando milkshake e assistindo seriado como se NÃO tivesse mil coisas pra fazer na segunda. MAS QUEM SE IMPORTA, é fim de semana.
Na data de hoje, há 175 anos atrás, nascia um dos maiores personagens da história sergipana e porque não brasileira, o ilustre Tobias Barreto de Menezes. No trabalho, me foi solicitado fazer uma matéria simples, um tipo de biografia sobre a vida do pensador e eu fiquei surpresa com a quantidade de coisas sobre ele que eu NÃO sabia. Moro na cidade que recebeu o seu nome e tudo que eu sabia era por conta de uma musiquinha que se cantava no fundamental: "Foi poeta e escritor, jornalista, deputado e na vida foi doutor". Então, visando o quão surpresa e interessada no assunto eu fiquei, resolvi trazer o texto pra cá pra vocês conferirem o "cara" que ele foi.
Tobias Barreto de Menezes: 175 Primaveras de um dos pensadores mais importantes da história sergipana.
Fruto de um amor proibido entre
Pedro Barreto de Menezes e D. Emerenciana Maria de Jesus, Tobias nasceu em um
quarto estreito e humilde, já que Raimunda de Sá ao descobrir o envolvimento de
sua filha com um homem casado a enclausurou em casa. Era uma sexta-feira
chuvosa, 7 de junho de 1839. Uma data que ficaria marcada para todos os
tobienses e sergipanos.
Desde cedo já demonstrava brilhante inteligência. Sua mãe lhes
ensinou as primeiras palavras e logo em seguida fora matriculado na escola
particular de Manoel Joaquim de Oliveira Campos, mestre que depois se mostraria
muito apegado ao pequeno Tobias. Aos doze anos segue para a cidade de Estância,
iniciando seus estudos em Latim. Aos dezessete, presta concurso para assumir a
cadeira de Latim em Itabaiana e é aprovado com mérito, impressionando o coronel
José Xavier Garcia de Almeida, presidente da banca organizadora. No ano
seguinte, começa a lecionar. Nessa mesma cidade, alarga seus conhecimentos e
surgem os primeiros versos, era o início de sua vida poética.
Muitos amores e desilusões serviram de inspiração para seus
versos. Em 1862, parte para capital Pernambucana onde presta concursos, mas não
recebe aprovação. Passa a lecionar Latim, Francês, História, Filosofia,
Retórica e Matemática elementares, dedicando-se a faculdade e ao Jornalismo.
Esquece os amores sergipanos, mas é recebido com indiferença pela sua amada. D.
Grata Mafalda Felix dos Santos, filha do coronel e senhor de engenho João Felix
do Santos, foi a única a segurar o poeta e leva-lo para o altar. Tobias
formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Em 1871, transfere-se para Escada,
ainda em Pernambuco, onde viveu dez anos. Apenas em 1881 retornou a Recife, foi
eleito deputado, fundou nove jornais, sendo um deles em idioma alemão.
Adoentado, é levado para a casa do sergipano Dr. Ovídio Alves Manaia. Escreve
para Sílvio Romero, seu melhor amigo que se encontrava no Rio de Janeiro.
Conta-lhes que seu fim está próximo. “Tudo tem sua lógica, até a morte” reclama
ao vencer a falta de ar.
Às 22 horas e 16 minutos do dia 26 de junho de 1889, sussurra em
um pedido quase inaudível: “Sentem-me. Quero morrer como um soldado prussiano.”
E com a cabeça recostada ao braço do dr. Luís Ferreira Nascimento, exala seu
último suspiro. Com apenas 50 anos de idade deixa esposa, nove filhos e um
legado. Era o fim de um dos maiores pensadores brasileiros. Como cita Elias
Felipe Neto em seu livro, Tobias Barreto, Minha Terra: “Assim, perde o Brasil
um dos mais ilustres filhos, morrendo na mais pura pobreza de um ser”.
Disponível também em: http://www.portaltobiense.com/2014/05/tobias-barreto-de-menezes-175.html
0 Comentários