Mês de aniversário — análise dos nossos textos part. 4



Gente, como eu adorei fazer isso! De verdade, mesmo que eu já tenha falado da sensação no post anterior, queria aproveitar esse último para dizer que é indescritível você poder analisar a si mesmo. Nesses quatro anos de escrita que eu puder analisar nesses dezesseis textos, nossa, cresci bastante. É até engraçado você pensar que a mesma pessoa que escreveu “O carinha do call center” escreveu “room13” ou “The good soldier”. De fato, não pensei que essa ideia de comemoração do aniversário do blog seria tão bom pra mim, também. Enfim, já falei demais! Com vocês, os quatro últimos textos da análise:


O texto foi começado no ano anterior, mas só finalizei mesmo e postei em Fevereiro do ano passado. A ideia me surgiu ainda no início do segundo período, quando uma tragédia chocou grande parte da cidade. Um jovem de vinte e poucos anos sofreu um acidente de carro e acabou falecendo. Eu lembro que eu mal o conhecia, apenas de vista, como costumam dizer. Estávamos no ônibus rumo à faculdade, quando a notícia chegou. Duas grandes amigas dele entraram em pânico e eu me coloquei no lugar delas, o que eu faria se fosse algum dos meus amigos mais próximos. E depois de muito tempo pensando nisso, pensei em escrever. O texto conta a história de Rainy e seu desespero ao saber que seu irmão mais velho Josh, sofrera um acidente e que estava em coma. É o tipo de drama que eu sempre quis escrever, mas nunca consegui êxito. Texto autossuficiente; Apresentação de personagens e fatos no decorrer da história; Narrativa leve em contraste com o “peso” do tema apresentado; Não apresenta coloquiais, uso de linguagem formal durante todo o decorrer;

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Eloh 19 de janeiro de 2015 00:05
Os sentimentos e todo o contexto envolvem a gente fácil, até porque lidam com aquela sensação aguda de impotência diante de algo tão súbito e ainda assim, cada vez mais, tão comum. Acompanhando a personagem quase dá pra sentir o coração dela acelerando aos poucos cara, bem cool ^^ Sempre achei aquele "Imóvel" incial um toque legal, pq qnd o enredo vai ganhando forma, me dá a impressão de que o quarto todo tá imóvel e cinza, meio desbotado, destoando só as linhas verdes no monitor, sem falar no elemento sonoro que tá ali sempre de fundo. Acho linda a forma sutil que vc tem de desenvolver o gênero, no caso, conseguindo dar o devido peso à história com uma narrativa tão leve, que resulta esse drama bem equilibrado na situação... aaah sim, e pra completar ainda tem o final que nos deixa meio cinzas também, pq né kkk x]


Three years — 2014
Fazia muito tempo que eu tinha escrito pro Desafio das Imagens. Na verdade, eu vivia fazendo propaganda do Desafio, mas só tinha um texto escrito pro mesmo. Abri a pasta do tumblr, peguei a foto mais fluffy que eu consegui, coloquei no word e resolvi ir na fé. Encarei a mesa toda bonitinha da imagem e pensei na coisa mais dramática que poderia acontecer, imaginei então um término de casal... não. Pensei então se não seria melhor algo entre irmãos, mas eu já tinha escrito uma recentemente... não. Então, tão aleatória quanto a escolha da imagem, a ideia de escrever sobre amizade apareceu. Three Years conta a história de duas amigas que tiveram sua amizade interrompida por um acidente. Narrada pela melhor miga, conta como fora perder Louise e como ainda era o seu sofrimento, três anos depois. Texto autossuficiente; Narrativa em primeira pessoa; Apresentação de personagens e fatos no decorrer da história; Espaço e elementos do mesmo bem feitos; Linguagem informal; Narrativa em evidência, diálogos só quando estritamente necessários; Ligação entre texto e imagem feita corretamente.

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Helena 24 de fevereiro de 2014 13:11
Thi, mas que crônica mais linda! Sério, fiquei encantada com essa história. Foi diferente do que você costuma escrever e, como já era de se esperar, saiu lindo do mesmo jeito. Tá certo que é um drama, mas é aquele tipo de drama que a gente se sente feliz ao terminar de ler, sabe? E que te ensina alguma coisa. Eu gostei pra caramba, mesmo mesmo mesmo. O tema da perda de um amigo eu nunca vejo por aí. Sempre fica fechado na mesma coisa e eu achei legal você escolher esse tema "inusitado" pra iniciar o desafio das imagens. E pode apostar que 'cê começou muito, muito bem! Novamente, a gente vê que você tá escrevendo cada vez melhor e se abrindo pra novas possibilidades, novas histórias e eu acho isso lindo. Tô no aguardo das próximas 'imagens' e, novamente, parabéns pelo lindo texto yay

Acho que esse seria o momento perfeito para eu fugir. Bom, antes de tudo, a ideia me surgiu por conta de um trabalho de – pasmem – mídia e modernidade. Eu deveria falar sobre a influência dos EUA no mundo durante e pós Segunda Guerra Mundial e, enquanto lia uma das minhas maravilhosas edições da Aventuras Na História, descobri que o Brasil, mais precisamente, o Rio Grande do Norte sofreu bem mais consequências da Guerra do que se era previsto. Estava justamente no ônibus, indo para faculdade no dia do trabalho e comecei a pensar se não seria uma boa tentar meu primeiro texto de época. Foi no bloco de notas do celular que eu escrevi o primeiro conto quase todo e era pra ser só aquele. Mas começaram a gostar e a me dar ideias (culpa sua, Eloanne) e acabou, né, precisei fazer. Sobre a demora, só digo uma coisa: THE LETTERS IS COMING! Já podem parar de querer me bater. Texto ótimo e autossuficiente; Fiel à realidade apresentada da época por meio de datas e eventos que realmente existiram; Apresentação de personagens feita no decorrer do enredo; Descrição de espaço, roupas e afins bem feita; Linguagem total e obrigatoriamente formal; Possui diálogos em inglês, mas sem tradução por serem coisas bobas que todo mundo sabe ou que o google resolve;

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Thai 8 de junho de 2014 15:17
Finalmente, criei vergonha na cara e comecei a ler... o/ (Vamos ao que interessa, antes que eu perca o "fio da meada") A estória é bem diferente do que eu costumo ler... (ficção, fantasia, suspense policial... Ok, isso não vem ao caso) Conheço/Li apenas dois livros (escritos recentemente) em que os personagens se entrelaçam a fatos históricos e suas épocas, mas aprecio muito esse tipo de estória. E nunca havia encontrado nenhum texto do tipo em que os fatos envolvessem parte da história do Brasil. O que tornou a estória duplamente mais atrativa para mim. Já na metade da leitura eu comecei a torcer para que a história de Joana, a garota pé no chão e que presa pela cultura de seu país, e Thomas, o rapaz que se alistou por livre e espontânea pressão, possa ser um pouco longa, pelo simples fato de seus pontos de vista em relação aos acontecimentos parecerem diferentes dos da "maioria". Adorei o modo como você escreve, acho que nunca li nenhuma das suas fics, o interesse nos personagens parece aumentar naturalmente (pelo menos, esse foi o meu caso). Creio que você tenha feito alguma pesquisa sobre a chegada dos americanos por estas bandas e a receptividade dos potiguares nesse contexto de guerra. E fiquei um pouco envergonhada por perceber que não sei nada sobre a cidade onde moro. Sei um pouco sobre Natal, por ter nascido lá e por ter estudado algo no colégio, mas nada muito aprofundado, principalmente quanto a este tópico. Já estou falando muito... Besteiras, é bem provável... Despeço-me por aqui... E vou ler a próxima parte... xD


room13 — 2014
Essa linda! Bom, eu vivia meu momento de procrastinação e vocês deveriam agradecer a Daniel por me mostrar, mesmo contra a minha vontade, outra música do 5sos, que novamente, não tem nada a ver com o enredo da história, mas ainda assim me deu inspiração. A música chamada “Amnesia” fala da clássica desilusão amorosa e eu só conseguia imaginar uma discussão – e das grandes – quando a ouvia. Foi bem na época que o meu amor por Liam Aiken reascendeu então eu estava louca pra escrever algo com ele e por isso, vivia forçando e ouvindo a música TODA HORA pra tentar escrever algo. E bem, saiu! Tentei colocar o foco em outro tipo de drama e o casal estar apenas “lateralmente” no enredo. Conta a história de Liam, um rapaz que sofre ao saber da doença de sua mãe e que o destino o presentou com medula incompatível à dela. Em surto, o rapaz decide não procurar mais a sua mãe e é preciso a intervenção de Hanna, sua namorada, para que ele finalmente acorde. Texto autossuficiente; Apresentação de personagens e fatos feita no decorrer do enredo; Narração em terceira pessoa; Diálogos aparecem com mais frequência, porém ainda assim estão em equilíbrio com a narração; Formal, coloquiais apenas nas falas, vez ou outra; Narrativa leve em contraste com o “peso” do tema apresentado.

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Pryh ( *~ Lírios Ao Mar ~* ) 19 de novembro de 2014 15:50
Eu já disse que adorei esse texto, mas vou tomar a liberdade de vir dizer novamente, porque eu posso. Ele é tão lindo, e tão real, e com o final na medida, mantendo o companheirismo e focando da relação filho/mãe que me deixa Adoro seus dramas que não focam em casais, são únicos nessa blogosfera saturada.

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Eu espero de coração que vocês tenham gostado tanto quanto eu. Quero aproveitar para agradecer à você, querido leitor, que esteve comigo nesses cinco anos “oficiais” de blog e até mesmo nos anteriores, nas postagens noobs, nas besteiras e em tudo aquilo que já postei aqui. Agradeço de coração pela sua presença aqui, seja nos comentários, na curtidas ou até mesmo só nas visualizações que têm crescido bastante! O meu mais sincero obrigada à vocês, seus lindos!

1 Comentários

  1. Pois sim, minha jovem, essa sua ideia de comemoração de niver do blog foi muito cool para nós todos, pq é lindo ver toda essa trajetória de escrita/vida/personagens/temas/afins. Para vc então, que vai lembrando dos detalhes por trás de cada linha, como foi que surgiram as ideias e onde ficaram os primeiros rascunhos.. sempre saem histórias engraçadas dessas coisas kkkk

    --- É um drama bem delicado de se escrever mesmo, tem que dosar direito, e a senhorita teve seu êxito ainda com certo "requinte de crueldade" kkk digo isso porque a morte é sim absurda, mas o coma é de uma angústia estúpida, saber que a pessoa tá ali, mas não está, e ~talvez~ nunca volte. Lindo esse Don't Leave Us, né? Eu também acho.
    --- Cara, cê sabe que eu tenho todo um amor por Three Years <3
    Adoro histórias de amizade, e like a boss vc tirou um drama bem condensado assim de uma imagem fluflyíssima. Muito bom mesmo, e sem mais, senão a fã aqui se perde e não termina de comentar.
    --- Oxente, pois chegue que essa culpa eu abraço com maior orgulho! kkkk Pq concorde comigo, um conto daora daqueles, com um tema tão legal e diferente, claro que tem que dar ideias ué! :D
    Sentar na porta do blog com uma dessas plaquinhas "The End is near.."
    --- Para mim, room13 sempre foi uma daquelas leituras bem sensoriais, com diferenças de temperatura, de luz/sombra, etc.. e de novo, dá maior gosto ler um tema pesado assim numa narrativa tão leve, com tudo tão bem equilibrado. Giirrrll, just beatiful o/

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