Quando crianças e adolescentes, o que mais
almejamos é a tão sonhada vida adulta. Independência. Ser dono do próprio
nariz.
Crescemos e, alguns de nós, recebemos o balde
de água gelada ao nos depararmos com grandes responsabilidades, cargas horárias
de trabalho exaustivas, afazeres domésticos, contas a pagar, um projeto ou
outro por fora, um freela, tudo para
conseguirmos nos manter estáveis economicamente falando.
Alguns de nós, porém, o que totalmente não é o
meu caso, conseguem ter uma vida ainda mais agitada do que a citada acima.
Mesmo com tantas obrigações, ainda é possível manter-se saudável, frequentando
academias, tendo um bom lazer nos fins de semana, viagens, alguns, inclusive,
suportam mais de um emprego para que assim mantenham suas vidas recheadas de
agitação.
Esses alguns, entretanto, são muitos.
E suas vidas agitadas recaem sobre nós,
não-tão-agitados assim e, em dado momento, nos fazem sentir culpados por não
levarmos uma vida repleta de afazeres com todas as horas preenchidas. Nós, que
optamos por uma vida com mais horas de sono nos intervalos, somos questionados,
pois, decidimos dormir. Somos questionados por estar em casa num domingo a
noite, quando todos os outros, os agitados,
estão festejando.
Assim, nos sentimos culpados.
Culpados por optar pelo descanso, mental e
físico.
O problema não está na vida que cada um leva,
mas sim na liberdade de cada um segui-la.
O ócio é bom. Finalmente admitimos.
O ócio de estar em casa, tomar um banho
prolongado e descansar, deleitando-se na ideia de que não há hora para acordar
no sábado, é bom.
Nós, os não-agitados, precisamos parar de nos
sentir culpados por não levar uma vida com mais horas marcadas e menos horas de
sono. Precisamos entender que não somos fracassados por desejar dormir, por nos
sentir cansados.
É preciso estar ciente que o objetivo de vida
varia de cada pessoa. E, se ao deitar-se em sua cama e fechar os olhos, você se
sente bem ao dar um longo suspiro e adormecer, não há problema nisso.
Mais uma vez, o ócio, na dose certa, é bom. E
não há nada de errado em apreciá-lo.
4 Comentários
Ai, a vida adulta cai em cima sem dó... o ócio é ótimo e necessário. Uma professora minha diz que é preciso o ócio criativo, que é quando as ideias surgem, e eu concordo. No final, temos que fazer o que julgamos certo com o nosso tempo, porque os outros vão julgar de qualquer jeito, né?
ResponderExcluirBeijinhos :)
http://tipsnconfessions.blogspot.com
E o pior é que cai mesmo, viu. Se quando criança a gente soubesse que era assim, não teria desejado tanto crescer... HUAHUAHUAH
ExcluirPois é, temos que viver de acordo com aquilo que acreditamos ser o melhor para nós.
Beijos, moça! <3
Ah, que alívio ler esse texto! A vida adulta, quando chega, chega sem dó mesmo, e é importante termos um tempinho só pra gente, né? Um tempo pra descansar e pôr os pensamentos no lugar.
ResponderExcluirUm beijão,
Gabs | likegabs.blogspot.com ❥
Oi, Gabi! Fico feliz que tenha gostado do texto, concordo plenamente, o ócio é necessário, inclusive, para pôr os pensamentos no lugar.
ExcluirBeijos, obrigada pelo comentário!