Foto: Ian Ricardo |
Domingo, 31 de dezembro
de 2017
Nos
últimos dias de dezembro nós sempre temos pressa para nos despedir do ano que
se finda. O desejo de se livrar de um ano que, quase sempre, é conturbado e
cheio de dificuldades. Ansiamos o ano seguinte, fazemos promessas, pedimos que
o próximo seja de paz, amor e tranquilidade. Porém, as dificuldades de cada ano
nos ensinam.
Para
mim, 2017 foi cheio de surpresas e de aprendizado.
Os
planos para este ano foram desfeitos de uma maneira incrível, recebendo
oportunidades que nunca imaginei receber, podendo assim aprender, na prática,
aquilo que dediquei quatro anos da minha vida, no conforto da minha cidade lar.
Este
ano, aprendi a calar. Dona de um temperamento forte, sempre tive uma resposta
pronta na ponta da língua e, na grande maioria das vezes, tais ações não foram
agradáveis e resultaram em situações de desgaste. Às vezes, o silêncio não é o
mesmo que consentir, às vezes, o silêncio é sinônimo de sabedoria.
Aprendi
que estabelecer metas é ótimo, mas que está tudo bem se não conseguir
cumpri-las a tempo. Que certas coisas devem vir como diversão e hobby, para
agradar a si mesmo e aliviar tensões do dia-a-dia, e não como uma competição de
quem acumula mais pontos, likes, seguidores e compartilhamentos.
Aprendi
sobre segundas chances, mesmo que no fim tenha reafirmado estereótipos.
Aprendi,
novamente, o quanto a morte é cruel. O quanto somos enganados pelas aparências
e acreditamos erroneamente que tudo está bem e, no fim, nem mesmo conhecíamos
os medos, anseios e problemas do outro. Aprendi que para sentir bem no fundo do
peito a morte de alguém, não é preciso tê-lo visto, tocado ou convivido. Basta
admirá-lo.
Aprendi
que deixar algo ou alguém que te faz mal não é desistência, é coragem.
Independente do que necessitamos, existem limites a serem suportados e nada nem
ninguém devem ultrapassá-los. Aprendi que cuidar de si vem antes de qualquer
coisa, mesmo que essa coisa seja dinheiro. Aprendi, novamente, o quanto o amor
próprio é importante.
Aprendi
sobre o fortalecimento de amizades, apesar da distância. O que são alguns
(muitos) quilômetros quando o amor fraternal arde no coração e textos, imagens,
piadas, memes, tudo lembra o outro?
Aprendi,
dia após dia, a soma maravilhosa do amor e confiança. Da amizade fortalecida e
transformada em amor romântico. Da importância das pequenas coisas, das
marcações em bobagens no facebook, de brigadeiros de panela, de pedaços
roubados em sanduíches alheios, mesmo que já se tem comido um. Aprendi o amor
diário.
Aprendi,
novamente, sobre ter fé.
Aprendi
a agradecer, mesmo que tudo conspire para abrir a boca e murmurar.
Bem,
2017, vá em paz. Para o seu sucessor, nada tenho a pedir.
Venha,
2018, da maneira que quiser.
4 Comentários
Arrasou! Acho que o espírito de ano novo é bem esse mesmo. Refletir sobre o ano que passou, pensar em tudo o que aprendemos e seguir em frente, sem o peso de expectativas demais, porém cheios de esperança. Achei esse texto lindo. E me senti homenageada aí, hein? Hahah! #juraquebrilha
ResponderExcluirAnsiosa para ver o que este blog vai nos trazer neste ano que se inicia! (E quero ver se contribuo mais vezes, hein? ;3)
Oi, moça! ♥ Fico feliz que tenha gostado do texto e concordo, refletir é sempre bom, esperar do ano seguinte sem expectativas demais, porém não ser pessimista também, né? HAHAHA AI QUE LINDA, ainda bem que pegou a indireta hehehe
ExcluirContribua sim, eu fico lisonjeada ♥
Beijos!
Gotei muito do modo como se expressa em seu texto.
ResponderExcluirNão existe frase da qual mais me identifiquei que esta: "... Bem, 2017, vá em paz. Para o seu sucessor, nada tenho a pedir. Venha, 2018, da maneira que quiser."
Isso resume basicamente o que sinto em relação a este novo ano!
Adorei seu texto!
Beijos e sucesso!
www.deixameser.com.br
Oi, Ianca! Obrigada pelo comentário :) Fico feliz que tenha gostado e se identificado com o texto, acredito que 2017 não tenha sido fácil para ninguém, né? Vamos deixar que 2018 venha do jeito que quiser, sem expectativas, mas com o pé no chão!
ExcluirBeijos, obrigada. Sucesso também.