Oi, 2024! Vamos nessa?

Só é Ano Novo oficialmente depois que o primeiro post sai, não é assim?

Foto: Pinterest

Ah, a nostalgia, essa querida.

Sempre acreditei que ouvir músicas da adolescência, ver filmes e séries daquela época trazia uma sensação boa porque eram tempos bons. Aquela sensação de "tempos que não voltam" que a gente só entende o porquê os mais velhos sempre falam depois que passa dos 25.

Mas, chegando perto dos 30, não é bem por aí. Afinal, nem sempre os tempos de outrora era um período bom. Particularmente falando, existem memórias horríveis no meu passado: bullying, racismo, disforia, manipulação e religião imposta são só alguns exemplos de uma época não tão saudosa assim.

No entanto, a nostalgia ainda está aqui. Seja reassistindo As Visões da Raven ou Cold Case (essa segunda, inclusive, tenho visto nos últimos dias), ouvindo Super Junior, SHINee, After School e Beast (ou kpop das antigas, pra quem não é familiarizado) e clássicas da música cristã como Aline Barros, Kleber Lucas e Nivea Soares.

Eram tempos difíceis e, no entanto, não são essas as memórias que vem à tona quando revisito esses espaços. E, às 0h26 de uma quarta-feira, no meu segundo dia de recesso de 2024, poucos meses antes de completar 29 anos, acho que entendi.

Talvez essa sensação boa, esse sentimento de "estou em casa" ao revisitar esses lugares seja pelo fio de esperança e um pouco de inocência que as Thiarlleys de cada época traziam. O desejo de dias melhores, a sensação de que "quando eu for adulta, isso não será um problema". A esperança de dias melhores que sempre esteve lá, regada a essas válvulas de escape que encontrava em cada coisa aqui citada.

Talvez seja isso que falta na Thiarlley de 2024 (e de alguns anos antes, também). Esperança. O sentimento de que algum dia, em algum momento, algumas dores não serão tão grandes.

Porque, de fato, elas passarão. Algumas permanecem aqui (afinal, racismo ainda existe o que é uma grande merda), mas certos ciclos foram quebrados. E que bom que algumas realidades já não se fazem mais presentes.

Vou sair um pouco do personagem que vocês estão acostumados e fazer uma menção às palavras de Jesus (afinal, uma vez criança crente, sempre criança crente). Deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o reino dos céus. Talvez, no fim, nos falte aquele brilho no olhar ao encarar a vida e a pureza nos detalhes que já tivemos em algum momento.

Não importa quem um dia nos tenha tirado esse brilho, no fim das contas. Resgatá-lo cabe única e exclusivamente a nós mesmos.

Termino esse texto chorando e rindo, porque foi uma puta virada de chave. Será que é isso que chamam de amadurecimento? Talvez seja.

Então, é aquela coisa: oi, 2024. Vamos nessa?

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