CONTO — Achado



                E aí gentea maravilhosa, estão todos bem? Eu diria que estou vivendo, mas isso todo mundo está! lol Enfim, hoje eu vim postar aqui uma coisa que tentei fazer nas férias e não deu certo! Inventado por mim, o "desafio das imagens" é bem simples: Escolher uma foto totalmente aleatória e escrever um texto com base nela. A imagem pode ser o ponto de partida ou o final da história, cabe ao autor decidir! E aí pensei em fazer nas férias uma por dia e tal, mas sabe como é... preguiça! Bem, depois de séculos meses eu resolvi colocar em prática! Gostei do resultado, por mais parte avulsa de fanfic esse texto tenha ficado, mas nem tudo são flores e estamos conformados! Sem mais delongas, tá aí e eu espero que todos gostem! :D Ah, semana que vem tem prova, torçam por mim, hein? Fighting! haha xx




           Era fim de tarde e não tinha lá muitas coisas para se fazer, na verdade. Todas as suas obrigações já estavam cumpridas e não havia ninguém em casa. Todos os seus amigos, ocupados. Colegas de faculdade, viajando. Suspirou de leve e decidiu então sair, mesmo que sozinha, mesmo que sem um destino. Um vestido amarelo-claro com bolinhas em azul foi o escolhido para a ocasião. Meias-calças grossas e brancas cobriam suas pernas por conta do frio que já ameaçava chegar com força total em alguns instantes.       
         Os cabelos negros e soltos voavam livremente por conta do forte vento que bateu contra o seu rosto assim que abriu a porta. Olhou os lados, pensando em qual rumo deveria tomar e escolheu a esquerda. Caminhava sem pressa, observando as ruas que tanto estava acostumada, afinal, morava naquele bairro desde que se entendia por gente. Mais uma vez o vento frio lhe tocou e o cardigã creme que usava sobre o vestido fora puxado na tentativa falha de se esquentar. Não que se incomodasse realmente com todo o frio que fazia, na verdade ela gostava do frio, pelos motivos mais clichês, obviamente.
         Virou a esquina e se lembrou da vez que correra de um dos cachorros da vizinhança aos berros, crente que seria seu último dia de vida. Risadas gostosas lhe escaparam e avistou a cafeteria que vendia o melhor cappuccino da cidade, segundo ela e seus primos. Acelerou os passos rumo ao estabelecimento, tendo os olhares de quase todos os clientes sobre si antes mesmo de entrar. Sentou-se próximo a janela, seu lugar favorito desde os quatro anos, não precisando pedir ou coisa do tipo: o atendente já a conhecia e bastava apenas um sorriso para que seu pedido fosse preparado. Suspirou e encarou a janela por alguns instantes, até que notasse algo de diferente sobre a calçada da loja de videogames que ficava ao lado. Apertou os olhos para que pudesse identificar melhor, mas era inútil, visto que deixara os óculos em casa. Levantou-se rapidamente, avisando ao funcionário que já voltava e que deixasse a xícara sobre a mesa.
Passos mais rápidos a levaram ao que ela imaginava ser uma caixinha, e quase tropeçou antes mesmo de chegar lá. Só então pôde notar que não era uma caixinha ou coisa assim, mas que se tratava de um livro. A capa dura na cor marrom, dava a entender que era um exemplar antigo, aqueles primeiros modelos que sempre são os olhos da cara quando se vai comprar. Na capa, o nome de uma obra e autor desconhecidos para a garota estavam estampados em letras grandes e douradas, instigando sua curiosidade. Olhou os lados, mas não parecia ter ninguém à procura do volume. Abriu, mas nenhum nome ou dedicatória estava escrito nele. Não deixaria aquele livro largado onde estava e então decidiu que ficaria com ele.
Voltou à cafeteria com um sorriso no rosto e quando Petter, o atendente, terminava de fazer o seu cappuccino, lhes pediu para que embalasse para viagem. O rapaz estranhou, ninguém nunca pede café para a viagem, na verdade, ela nunca pediu nada para a viagem. Porém apenas assentiu, fazendo o que lhe foi pedido. Com a sacola em uma mão e o livro na outra, seguiu de volta para casa em uma rapidez que nunca usara antes. Se antes o vento gelado já não era um problema, agora nem era percebido. Caminhava tão rápido que chegou a pensar que poderia suar, mas não é muito comum transpirar em meio ao rigoroso inverno do Canadá, por mais exercício que se faça.

Finalmente chegou em casa e tudo estava como antes, um completo silêncio que agora não era mais um incomodo. Mal trancou a porta e já correu ao próprio quarto, sentando-se sobre a cama e tirando os sapatos com pequenos saltos e deixando-os ali mesmo, sobre os lençóis. O cappuccino fora deixado na mesinha ao lado da cama e só viria a se lembrar dele quando estivesse completamente envolvida nas páginas do exemplar que agora segurava. Ela tinha uma companhia muito preciosa para o resto da tarde e o início da noite. Seus pais poderiam demorar horas em suas compras, e seus amigos poderiam nem voltar de viagem. Pra falar a verdade, o que conseguira naquele momento era muito melhor do que qualquer humano poderia lhe oferecer. E ela estava extremamente maravilhada com isso. 

2 Comentários

  1. Aquele momento em que vc lê o post e fica com vergonha da sua própria preguiça, pois é. Quem sabe nas próximas ferias *apanha*
    Eu já te disse que gostei do texto, mas vamos lá vou dizer outra vez, eu gostei, a imagem é bem delicada e meio dreammer, e a estória manteve esse ar. Faça mais textos assim o/

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    1. Mano, então. BSDHABDHSAB Preguiça pra sempre, viu. Mas a minha é pra procurar novas fotos, mesmo. Eu não tenho bons contatos como você! |: Que bom que você gostou! ♥ Vou tentar manter essa linha de textos assim!

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