Resenha #6 — 'Um Perfeito Cavalheiro'; Julia Quinn

Título: Um Perfeito Cavalheiro
Autora: Julia Quinn
Tradução: Cássia Zanon
Páginas: 292 páginas
Editora: Arqueiro
Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora pra acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura por sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora, os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. 
 Antes mesmo de adquirir o livro, eu já sabia que Benedict seria o meu Bridgerton preferido.

O segundo filho da família Bridgerton pouco aparece - se comparado a Colin, por exemplo - nos livros anteriores. Sendo assim, sua personalidade era uma incógnita pra mim. Enquanto lia "O Visconde que me amava", desrespeitei as regras e fui conferir o prólogo de "Um Perfeito Cavalheiro" antes de terminar o livro.

E foi aí que eu me apaixonei.


Desde as primeiras páginas do livro, podemos perceber e nos identificar com Benedict Bridgerton. Ser o "número dois" sempre foi bastante difícil para Benedict, ainda mais tendo irmãos tão peculiares como Anthony, o mais velho, e Colin... bem, era o Colin, afinal. Isso bastava. Benedict se destacava por ser o mais alto. E, ao que parecia, era a única coisa de relevante nele (aos olhos dos outros).

Do outro lado da trama, nós temos Sophie. 

Sua chegada ao mundo não foi lá das mais felizes, visto que foi fruto de um relacionamento ilegítimo. Apesar disso, seu pai, um Conde, ao descobrir a existência de Sophie, passa a criá-la como sua pupila, dando-lhes sempre o melhor que puder oferecer. Porém, ao casar-se com Araminta  a esposa, e uma de suas duas filhas, passam a tratar a menina de forma rude. E tudo isso piora com a morte do Conde. 

Mas o destino lhes reservou uma noite. Uma única noite no baile de máscaras da família Bridgerton. Ali, ela tinha o direito de sonhar e fazer parte da tão desejada e badalada sociedade londrina. Ali, ela poderia ser quem quisesse. Como de fato foi.

A faísca que acende entre Benedict e Sophie chega a ser palpável. Sophie se sentia uma completa princesa, já Benedict nunca se sentira tão a vontade com alguém. Alguém que falava com ele não por ser um Bridgerton, mas sim porque tinha interesse em conversar com ele. Não o tratou como "número dois", mas sim Benedict Bridgerton. Quem ele é. 

Porém, como todo conto de fadas, aquilo acabou. A noite chegou ao fim, Sophie precisou voltar pra casa. E Benedict nunca mais a viu. Não sabia o seu nome, nem onde morava, muito menos onde procurá-la. A bela dama que roubara seu coração em segundos, simplesmente sumira da face terra.

Três anos depois o casal se encontra, mas por um desfortúnio da vida, ele não a reconhece. O convívio entre os dois e essa sensação de que a camareira se assemelha com a misteriosa dama do baile pairando sobre Benedict é esplêndida. O pedido, o receio de Sophie, o banho no lago sendo espiado de forma sorrateira.

Em "Um Perfeito Cavalheiro" Julia Quinn consegue, mais uma vez, nos prender de forma tão fascinante com sua narração. A essência de cada personagem nos faz adentrar a história, nos surpreende a cada reviravolta, nos faz derreter com um casal extremamente lindo.

E não vamos nos esquecer, é claro, do talento que esse Bridgerton esconde a sete chaves. Ah, Benedict...

2 Comentários

  1. Eu li os três primeiros livros da série, e não me apaixonei tanto por esse, o meu amorzinho foi com certeza o visconde que me amava, ótima resenha, beijos e sucesso!

    https://resenhabookshouse.blogspot.com/?m=1

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    1. Eu não gostei muito do Anthony, achei ele um pouco autoritário, mas a história dele também é ótima! Eu gostei bastante da química de Sophie e Benedict, mas algumas coisas do livro me decepcionaram um pouco :( obrigada pelo comentário! beijos

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