Foto: Ian Ricardo |
Segunda, 31 de dezembro de 2018
2018
já começou com mudanças.
Já
não acordava tão cedo, trabalhava menos horas por dia, passei, também, a ganhar
menos. Já nos primeiros meses a ausência de alguém indispensável foi sentida,
quando situações inesperadas forçaram o nosso afastamento.
Todavia, a distância nos
fez mais fortes. Aprendi que o amor se renova, dia após dia, independente da
presença física. Aprendi, de modo ainda mais prático, que amar é dar suporte. É
o abraço em meio ao silêncio, o choro compartilhado ao telefone, o consolo em
meio as dores.
Aprendi a importância
dos(as) amigos(as) e o quanto o suporte deles(as) é crucial para não nos deixar
cair. Aprendi que, de fato, os(as) nossos(as), nós contamos nos dedos. Aprendi
que amigo(a) de verdade não hesita em te socorrer às duas da manhã com um
remédio para enxaqueca.
Aprendi que menos é mais.
Como já citado, 2018 trouxe um novo emprego, com carga horária menor e salário
mais baixo. Entretanto, 2018 trouxe mais livros lidos, mais filmes assistidos,
projetos foram iniciados e/ou finalizados, viagens se tornaram corriqueiras.
Aprendi que a paz de espírito vale muito mais do que qualquer conta bancária
cheia.
Aprendi a confiar em mim
mesma e no meu potencial. Que apesar de todas as bads da madrugada, com a frase
“não sou boa o bastante” se repetindo em loop, sou sim boa o suficiente para alcançar meus objetivos. Aprendi que
um(a) bom(a) escritor(a) é aquele não desiste. E, por mais que o percurso seja
mais longo e mais dolorido para pessoas como eu, às vezes, é preciso focar
naquilo que já deu certo.
Aprendi, infelizmente e
mais uma vez, o quanto a morte é traiçoeira e cruel. O quanto uma doença que se
expandiu embaixo dos nossos narizes pode ser avassaladora e dolorosa. Aprendo,
todos os dias, a lidar com a falta. A falta do riso, do abraço caloroso, das
piadas e das boas histórias. Aprendi que laços sanguíneos não são nada se
comparados aos laços de alma.
Aprendo, todos os dias, a
ter fé e a agradecer.
Eita, 2018... você foi mais
dolorido e longo do que planejamos. Apesar de todas dores, fico feliz que você
finalmente se finda! E o medo, ah, o medo que você nos trouxe para os próximos
anos... Ele não irá nos calar! Somos
muitos(as), somos fortes e, acima desses, estamos juntos(as). Ninguém soltará a
mão de ninguém!
Vem que vem, 2019!
2 Comentários
Eu não sei nem como expressar o quanto gostei desse texto. Eu fico feliz em ter feito parte do seu ano, menina, e em me reconhecer ali nas entrelinhas. Sei o quanto foi difícil para você em vários momentos, mas você superou e continua superando sempre, e eu fico muito orgulhosa em assistir isso. Que a crônica de 2019 possa ser mais feliz! Não que a de 2018 seja totalmente triste, mas um ano melhor é o que a gente sempre deseja, não é? Então, vem que vem, 2019! ;)
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado, miga, e fico feliz também de você ter participado de 2018. :) Que 2019, ao menos, seja um pouquinho mais leve.
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