Resenha #4 — 'O duque e eu'; Julia Quinn

Título: O duque e eu
Autora: Julia Quinn
Tradução: Cássia Zanon
Páginas: 282 páginas
Editora: Arqueiro
Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.
Apesar de escrever muito mais romance, eu nunca havia parado para ler um livro desse gênero. Aventura, infanto-juvenil, livro-reportagem, drama... mas nunca um romance. Com a popularização dos romances históricos, me vi atraída pelos tão famosos irmãos Bridgertons, personagens de Julia Quinn. Foi na Bienal do Livro que comprei “O Conde Enfeitiçado”, apesar de ser o sexto livro de uma série de oito. O vendedor disse que cada livro contava a história de um irmão diferente e eram interligados em meros detalhes (aquela velha lábia de vendedor) e então eu arrisquei, levando o livro.

Foi então que eu me vi apaixonada. 

Decidi então que compraria a série “Os Bridgertons” na ordem correta e apreciaria do gênero que tanto gosto, mas nunca havia me dedicado para ler.

E Julia Quinn me fez apaixonada pelos seus livros mais uma vez.


Oito filhos, com nomes em ordem alfabética, aparência extremamente idêntica. Cada livro da série traz a história de um dos herdeiros de Edmund e Violet Bridgerton, britânicos da maravilhosa Inglaterra de 1800s. A ordem de idade não sugere a ordem dos livros, ‘O duque e eu’ conta a história de Daphne, a quarta filha na ordem cronológica e a primeira das quatro mulheres. 

A narração é maravilhosa. O uso do narrador-onipresente nos faz mais próximos dos personagens, conhecendo passados, pensamentos, anseios e desejos. A maneira como a autora dedica um ou mais parágrafos seguidos para cada personagem, nos deixa mais por dentro da situação e do que acontece em seu ser.



Os personagens são extremamente cativantes e engraçados. Não tem como NÃO se apaixonar por cada um dos Bridgertons e suas características peculiares. É lendo cada diálogo e imaginando como cada um será em seu livro individual. Se você acha ciúmes entre irmãos a coisa mais amada do mundo, vai amar o enredo de ‘O duque e eu’. Daphne é a quarta filha, sendo antecedida por três irmãOs, o que só dificulta a sua vida quando o assunto é casamento. Principalmente se o candidato a marido for Simon Basset, um dos melhores amigos de Anthony Bridgerton, o primogênito. 

Os nossos pombinhos não se apaixonam perdidamente a primeira vista, se é o que estava pensando. Apesar de uma grande atração entre eles, Simon decide que não será sem caráter a ponto de seduzir a irmã do amigo e resolve ignorar o desejo que sente por ela. Já Daphne, que estava há quase duas temporadas como debutante, não se sentia muito animada em se casar com o duque, visto a fama de libertino que este carregava. Diante da maneira um tanto cômica em que se conhecem, acabam tornando-se amigos e é a partir dessa amizade que Simon sugere uma parceria: Simon, que não quer de jeito nenhum se casar, fingirá corte à Daphne para afastar as mães das solteiras de sua cola. Enquanto Daphne, sendo cortejada por um duque, passará a ser vista como candidata a esposa para aqueles que antes só a viam como uma grande amiga. Neste ângulo, ambos sairiam ganhando.

Eles só não contavam com aquela velha atração, aquela que surgiu no dia que se conheceram, voltando para assombrá-los e lembrá-los que todo aquele corte trata-se de apenas fingimento.

Por enquanto.

O livro é fantástico. Extremamente divertido, dramático na medida certa, romântico e adulto, não necessariamente sendo de baixo calão. A temática “adulta” abordada tem seu tempo, é na medida certa, bem narrado e descrito, estrategicamente cativante.

E, por último, um breve aviso: os três mais velhos dos Bridgertons são extremamente apaixonáveis.
Tenha cuidado.

4 Comentários

  1. Muitas amigas já me recomendaram a série, mas confesso que sou bem pé atrás com o gênero. Sua resenha é muito boa e, de fato, deu uma coceirinha na minha curiosidade. Quem sabe eu não pego emprestado? ;)

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    1. Oi, moça! Eu entendo sua "resistência" e eu também tive, pra ser sincera. Na verdade, eu só comprei a edição 6, por impulso, na bienal. HAHA mas de fato, é uma narrativa que a gente fica curiosa, mesmo. E é ótima! Analisando até em termos 'técnicos' o modo como a autora descreve muitas coisas é fantástico. Que bom que a resenha te deixou assim, curiosa! :D Isso, pegue, pegue! E depois me conta o que achou. :D
      beijos!

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  2. Julia QUEEN da minha vida <3
    Só recomendo a leitura, e chega logo janeiro pra vc conhecer o lindo do Collin eeeee <3

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    1. Julia QUEEN maravilhosa, rainha! <3
      Chega janeiro MESMO que eu não me aguento mais, na moral! HAUAHUAH

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