Resenha #21 — 'A soma de todos os beijos'; Julia Quinn

julia quinn a soma de todos os beijos quarteto smythe smith
Título: A soma de todos os beijos (The sum of all kisses)
Autora: Julia Quinn
Tradução: Ana Rodrigues e Maria Clara de Biase
Páginas: 272 páginas
Editora: Arqueiro
Um brilhante matemático pode controlar tudo.. a não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo. Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida... Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é "dramática" - seguida de perto por "teimosa". Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo. Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.
O Quarteto Smythe-Smith já nos é conhecido pela sua falta de sintonia desde que a família Bridgerton e seus oito filhos nos foi apresentada. De fato, se fosse para conhecermos todas as coitadas da família Smythe-Smith não nos faltariam livros para comprar, mas talvez dinheiro. Sendo assim, Julia Quinn selecionou a geração da família musicista de 1824, época semelhante ao tempo que se passa as histórias de Hyacinth e Gregory Bridgerton, nos últimos livros da série anterior.

Quatro garotas, um musical, talvez muitos tampões de ouvido e quatro romances.

A soma de todos os beijos – livro 3

julia quinn a soma de todos os beijos quarteto smythe smith


Se em Uma noite como esta compreendemos Daniel e todas as razões que o tiraram do país, neste livro, Julia Quinn nos apresenta Hugh Prentice, o outro cavalheiro envolvido na situação que o deixou manco de uma perna, enquanto exilou seu amigo. Como a maioria dos homens escritos pela autora, Hugh possui problemas com o seu pai, que insiste em desejar – e planejar – a morte de Daniel caso este volte a pisar na Inglaterra. Hugh precisa conviver com a perna aleijada, os olhares de reprovação da sociedade, as desavenças com seu pai e, agora, com o incômodo de uma jovem em particular.

Sarah Pleinsworth é, de longe, a mais dramática entre as jovens Smythe-Smith daquela geração. Sua “doença” fora a razão para deixa-la fora do último conserto é lembrada por umas das primas em particular o tempo todo, fazendo-a analisar se agira de forma correta ou se apenas pensara em si mesma. Como se já não bastasse, agora precisava conviver com o homem que fora responsável por sua ruína.

Hugh Prentice.

Neste livro, o clichê de ódio se tornar amor é trabalho de uma maneira muito divertida, se levar em conta os opostos que são os nossos heróis: Hugh é prático, frio, calculista. Sarah é dramática, emotiva e, bem, teimosa. Sem contar, é claro, que o culpa pelo ano que ficara fora da temporada – e ele tem plena ciência de ser culpado por diversas coisas, exceto por essa. Assim, quando numa ocasião em particular eles precisam ser a companhia um do outro, as farpas trocadas tornam-se, de longe, diálogos divertidos e até mesmo dolorosos, quando cada um passa a compartilhar seus maiores anseios e medos.

A evolução dos personagens é quase palpável, visto que os dois aprendem a ceder, assim 
como aprender sobre as limitações de cada um, os desejos – por menores que sejam – que os rodeiam. E quando uma situação maior os cerca, o sentimento aflora e a percepção de que devem ficar juntos ultrapassa as páginas e nos envolve de maneira absurda.

Em A soma de todos os beijos, Julia Quinn mantém o nível esperado de seus romances, nos dando a redenção de Hugh e retira o estereótipo de Sarah, dando-nos personagens cativantes, maduros e divertidos.


Para o último, bem, o que virá para a mais calada das Smythe-Smiths?

2 Comentários

  1. Nem cheguei nessa série ainda, mas já gostei desse livro. 😄

    Ps: amei a decoração 😌🙈

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não chegou ainda por lerdeza sua mesmo, viu, eu digo logo u_u HAUHAU eu também gosto bastante desse!
      Obrigadaaa <3

      Excluir