Resenha #28 — 'Desventuras em Série: Mau Começo #1'; Lemony Snicket

Desventuras Em Série (A Series of Unfortunate Events) entrou na minha através do filme que leva o mesmo nome, lançado em 2004 com nomes de peso como Jim Carrey e Meryl Streep. Com um enredo fantástico, ar meio creep e uma história interessante, imagine a minha surpresa ao descobrir que o filme contemplava apenas três livros de uma série de 13 volumes. Quem me conhece sabe que sou apaixonada por essa série (bem, está no meu perfil ali do lado) e, após o lançamento da série pela Netflix, fiquei pensando em trazê-los para cá. Por um infortúnio ou outro, acabava não acontecendo. Mas, bem, 2019 chegou com mudanças, não é mesmo?

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Título: Desventuras Em Série: Mau Começo (Livro Primeiro) 
Autor: Lemony Snicket 
Tradução: Carlos Sussekind 
Páginas: 148 páginas
Editora: Companhia das Letras (Atualmente publicado pela Seguinte)
Caro leitor, Sinto muito dizer que o livro que você tem nas mãos é bastante desagradável. Conta a infeliz história de três crianças muito sem sorte. Apesar de encantadores e inteligentes, os irmãos Baudelaires levam uma vida esmagada por aflições e infortúnios. Logo no primeiro capítulo as crianças estão na praia e recebem uma trágica notícia. A infelicidade segue os passos, como se eles fossem ímãs que atraíssem desgraças. Neste pequeno volume, os três jovens têm de lidar com um repulsivo vilão dominado pela cobiça, com roupas que pinicam o corpo, um incêndio calamitoso, um plano para roubar a fortuna deles e mingau frio e servido como café da manhã. É meu triste dever pôr no papel essas histórias lamentáveis. Mas não há nada que o impeça de largar o livro imediatamente e sair para outra leitura sobre coisas alegres, se é isso que você prefere. Respeitosamente, Lemony Snicket  

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Divida em treze volumes, Desventuras em Série é narrada por Lemony Snicket e conta a história das crianças Baudelaires em sua jornada desafortunada e cheia de desastres. Violet Baudelaire, a mais velha, possui catorze anos e é uma das maiores inventoras de seu tempo. É possível saber que seu cérebro está cheio de engrenagens e ideias quando a menina amarra os longos cabelos com uma fita, sinal de que está concentrada em suas reflexões. Klaus Baudelaire, o único garoto, possui pouco mais de doze anos e é um leitor assíduo, tendo devorado boa parte dos livros da biblioteca de sua casa. E tudo o que ele lia, ele memorizava. Sunny Baudelaire, a mais nova, ainda quase bebê e adorava morder coisas. Mordia tudo o que via pela frente. Na sua pouca idade, ainda não é possível formar palavras, assim, a menina fala por gritinhos ininteligíveis.


Por exemplo, nessa manhã, ela disse “Gá!” muitas e muitas vezes, o que provavelmente era para se entender como: “Vejam só essa figura misteriosa surgindo no nevoeiro!”.

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Todos os treze volumes possuem dedicatórias para Beatrice, mulher que descobriremos ao longo das páginas ser o grande amor da vida de Lemony Snicket, narrador da história. Mas não é apenas esse fato que está ligado a Beatrice ou a Lemony. Podemos nos perguntar: qual a razão para que Snicket narre a terrível história dos Baudelaire? Por que há tanto mistério em sua narrativa?


Em Mau Começo, nossas crianças descobrem, em meio a uma manhã divertida na Praia de Sal, que não são mais as crianças Baudelaires, mas os órfãos Baudelaires. Sr. Poe, o banqueiro da família, os informa que seus pais pereceram num incêndio que destruiu toda a sua casa, deixando-os órfãos e sem um lar. Aqui, os órfãos sentem não só a dor da perda de seus pais, mas também a certeza de que tudo estava prestes a mudar.


Ainda sem um rumo certo, as crianças são obrigadas a passar alguns dias na casa de sr. Poe, convivendo com sua família peculiar (aqui, tempos referências a Edgar Alan Poe, já no sobrenome do banqueiro e no nome de um de seus filhos, Edgar), surge então um parente distante que está disposto a cuidar dos órfãos Baudelaires: Conde Olaf. Seu nome nunca fora citado pelos pais das crianças e é aqui que começa toda a desventura.  O único interesse de Olaf é a grande fortuna dos órfãos e ele não medirá esforços para fazê-las sofrerem até que o dinheiro seja dele.

As crianças irão escapar? Quem é Conde Olaf e por que ele odeia tanto a família Baudelaire? Como poderão se livrar dele?

O livro é curto, mas cheio de mistérios. Apesar de ser considerado infanto-juvenil, os mistérios que envolvem o enredo são incríveis e instigam a curiosidade a cada nova problemática. Os personagens são fantásticos, bem construídos e cativantes, dentro de cada perspectiva. Além de, é claro, não perder o seu lado creep. 

2 Comentários

  1. Está aí uma série que eu ainda preciso conhecer. Vou ver se tento ver o filme primeiro e se me atrair, procuro os livros. Você não é a primeira a me dizer que eu TENHO que ler/ver "Desventuras Em Série", haha

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    1. Eu sou super suspeita para falar, porque você sabe, eu sou LOUCA pelos livros, pelo filme, pela série, por tudo! HAUHAUHAUHA Começa pelo filme, sim, porque se deixar ele por último pode se decepcionar, viu? :P Acho que tem na netflix, miga. A série é um original netflix e as três temporadas já englobam todos os livros. :)

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