Resenha #16 — 'E viveram felizes para sempre'; Julia Quinn

Título: E Viveram Felizes Para Sempre
Autora: Julia Quinn
Tradução: Viviane Diniz
Páginas: 256 páginas
Editora: Arqueiro
Alguns finais são apenas o começo... Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos... Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza. Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes? A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton. Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.


Quando foi anunciado pela editora Arqueiro que a série Os Bridgertons teria um livro extra, com segundos epílogos de cada livro, confesso que fiquei num misto de sentimentos. Não sabia se queria o gostinho de “quero mais” estragado por um conto que me desagradasse ou se ansiava por mais diversão e aventuras de cada Bridgerton, cada um com sua peculiaridade. Sendo assim, quando finalmente li E Viveram Felizes para Sempre, o misto de sentimentos se comprovou. Alguns deixaram o gostinho de quero mais aguçado e outros, bem, outros foram um pouco decepcionantes.

Neste post, trarei de forma bem resumida (e com o mínimo de spoilers possível) o que conta cada novo epílogo e o conto extra retratados no livro.

O duque e eu: o segundo epílogo
O conto se passa vinte depois da história retratada no primeiro livro da série e apresenta muito bem a relação de amor que perdura o casal Hastings. Daphne permanece divertida e levemente atrapalhada, da mesma forma que os olhos azuis de Simon continuam incríveis e brilhosos, o suficiente para fazer Daphne suspirar apenas ao encará-los. O foco principal deste segundo epílogo são as cartas que o falecido pai de Simon deixa para ele ainda no livro, mas o ainda jovem Hastings decide não abri-las. Daphne as esconde e, enfim, chega o momento de saber o que o velho duque tinha a dizer. Na minha humilde opinião, teria sido melhor deixar o suspense.

O visconde que me amava: o segundo epílogo
Anthony Bridgerton e Kate Sheffield são, de longe, o casal que eu menos me apeguei de toda a série. Os fantasmas da morte do pai dele e a leve chatice dela me fizeram arrastar a leitura do livro, apesar de ser igualmente divertido ao primeiro. Sendo assim, não esperei nada deste conto e confesso que foi ótimo. Não imaginei que a partida de Pall Mall tão marcante do segundo livro da série, seria repetida neste epílogo, e a diversão é quase palpável, as gargalhadas são inevitáveis, além de conta com toda a corja Bridgerton na partida. Neste conto, que se passa quinze anos após a história do casal, é notável a relação saudável de competições e farpas, mas que no final, era incrível a forma que se amavam.

Um perfeito cavalheiro: o segundo epílogo
Desde o prólogo, o meu preferido dentro da série, a decepção foi com quem protagoniza este conto. Posy Reiling foi crucial para que Sophie tivesse seu final feliz ao lado de Benedict Bridgerton e, por isso, recebeu o seu próprio final feliz no segundo epílogo. Veja bem, o conto não é ruim, talvez o fato de ter esperado um outro enredo foi o que fez... digamos que, fraco. Diante de seu nascimento ilegítimo, Sophie fora obrigada a se mudar para o campo ao se casar com alguém tão influente como Benedict, uma vez que algumas das famílias mais exigentes de Londres poderiam não aceitá-las. Acredito que se este fosse o enredo do conto, talvez tivesse sido melhor.

Os Segredos de ColinBridgerton: o segundo epílogo
Com TODA CERTEZA, isto era algo que eu queria ver. Eloíse nunca admitiu ser deixada para trás quando o assunto era a vida alheia, afinal, ela sempre sabia de tudo (e era tudo mesmo. Logo, o momento que Eloíse ficara sabendo a verdade sobre Lady Whistledown, sem dúvida, pairou a minha mente por muito tempo. Inclusive, esperei que no livro onde a quinta Bridgerton era a protagonista, este fato seria mencionado, mas não foi. Assim, este conto cumpre o que promete sendo bem divertido e até mesmo agoniante.

Para Sir Phillip, com amor: o segundo epílogo
Neste conto, nossos protagonistas estão em segundo plano, porém, não da mesma maneira que no terceiro. Amanda e Oliver, filhos de Phillip Crane, são verdadeiras crianças intrometidas e colocam a vida de Eloíse de pernas para no ar ao que ela passar alguns dias na casa do pai das crianças. Este conto também apresenta uma diferença de narração, sendo em primeira pessoa, pelo ponto de vista de uma Amanda adulta, prestes a se apaixonar. Ao meu ver, as coisas poderiam ter acontecido de uma maneira mais lenta, porém este fato de nada impede que o conto seja bom e cativante.

O Conde Enfeitiçado: o segundo epílogo
Neste conto, tive um pouco de “pé atrás” com uma coisa que, simplesmente, não fazia sentido. Já em seu livro, sabemos que Francesca tem a dor de perder uma criança e, durante todo o resto do enredo, uma gravidez não é mencionada. Assim, já no início do segundo epílogo, vemos que era uma dor que permanecia em Francesca, a dor de ver suas irmãs tendo inúmeros filhos, enquanto ela tinha apenas o segundo esposo e nenhuma criança em casa. Adianto que Francesca tem seu final feliz aqui, porém, acontece de maneira muito ilógica e irreal, diante de tudo que já nos foi contato.

Um beijo inesquecível: o segundo epílogo
O conto se passa 22 anos depois da história retratada no sétimo livro da série e é divertido ver Hyacinth se tornar na própria mãe, no que diz respeito a sua filha, Isabella, que era
exatamente igual à mãe em sua juventude. Já no final de Um beijo Inesquecível, descobrimos um dos maiores mistérios que ronda o enredo, porém, nossa mocinha não faz a menor ideia de que o mistério fora concluído. Logo, soa justo que, finalmente, ela tenha sua merecida recompensa.
A Caminho do altar: o segundo epílogo
Este é o mais curioso dos epílogos, uma vez que continua exatamente de onde terminou o anterior. É incrível como Lucy tivera a oportunidade de dar a luz a tantas crianças e ela realmente se acostumara com os partos, porém, em algum momento de sua vida, algo não acabaria bem. E é assim que temos o último conto dos filhos Bridgertons, a agonia de Gregory e o medo de perder a sua esposa, como faria para lidar com tantos filhos sem a pessoa que mais amava, principalmente por ter lhes dado a alegria de ser pai? Adianto que o final nos surpreende e nos alivia, o que é totalmente satisfatório.
O Florescer de Violet: um conto
Sem dúvidas, eu amei este conto. Em todos os livros é apresentado o quanto Violet e Edmund Bridgerton se amavam, porém, não temos a chance de presenciar isso, uma vez que Edmund falecera quando o mais velho ainda tinha seus 18 anos – e a mais nova ainda estava no ventre. Assim, a curiosidade acerca da história que deu início a todas as oito, era enorme. Uma pena que, sendo um conto, tudo pareceu passar rápido demais. O conto supre as expectativas deixadas nos livros anteriores, porém, não supre as próprias, deixando algumas dúvidas pairando no ar. 
E é isso! Terminamos esta série, mas ainda temos muitos livros da Quinn para aparecer por aqui.
E aí, já leu? O que achou? Conta aí! :)

2 Comentários

  1. E eu aqui, na humildade, lendo Os Segredos de Colin. Mds :O
    Preciso terminar essa série logo. Rsrs

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    1. HAHAHA Mas calma, mulher! As férias estão aí, você vai colocar essas leituras em dia e ainda vai ler o Quarteto Smythe-Smith, cê vai ver u_u

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